O Discurso do Método de Descartes é uma das mas famosas obras da literatura filosófica, sendo o ponto de "ruptura" cultural que da origem a Filosofia Moderna.
Descartes começa seu texto apresentando os grandes parâmetros de sua formação cultural. Estudou Lógica que considerava um interessante instrumento uma vez que se possuísse a verdade, mas que não ajudava a obtê-la; estudou teologia que julgava importante, porém dispensável, pois desde que tenhamos fé em Deus, nossa salvação estará assegurada; estudou filosofia e chegou a seguinte conclusão: a história da filosofia nos mostrava de que não existia nada de tão absurdo que já não tivesse sido afirmado alguma vez por algum filósofo.
Em todas as disciplinas que estuda, com exceção da matemática, cuja aplicabilidade a problemas concretos somente se dará a partir de Descartes, constata ele que a cultura em geral não oferece nenhum saber que seja isento de dúvidas e útil para vida. Descartes conclui que é necessário reformar o conhecimento e fundamentá-lo a partir de novas e sólidas bases.
Para obter esse resultado, Descarte elabora um método que consta de quatro regras:
1) Não aceitar nada que não seja evidente e evitar a prevenção e a precipitação;
2) Dividir um problema em tantas partes quantas forem possíveis e necessárias, a chamada regra da análise;
3) Conduzir o pensamento por ordem, partindo dos objetos mais simples para os mais complexos, a chamada regra da síntese;
4) Efetuar enumerações tão completas de modo a ter certeza de nenhum elemento ter sido esquecido.
Tanto os dados dos sentidos quanto os objetos da razão podem nos enganar, nada existe que seja dado ao homem que não posso ser posto em dúvida. No entanto, se de tudo podemos duvidar, não podemos duvidar do fato de estarmos duvidando. Ou seja, em toda a dúvida está presente a certeza do sujeito que duvida; Sendo assim, Descartes pode ser descrito pelo se "penso logo existo".
Nos diz Descartes que a ideia da perfeição não pode vir dos objetos do mundo na medida em que aí não a encontramos, não pode ter sido criada por nós, pois somos imperfeitos e, no entanto, a temos. Só pode ser uma ideia inata, impressa em nós por aquele que nos criou, todavia esse pensamento apresenta uma grande contradição, pois aí o ser perfeito teria criado algo absolutamente imperfeito. Logo, a única coisa que nos impede de conhecer a verdade é não procedermos de forma metódica.
No Discurso do Método, Descartes parte da certeza inicial do sujeito pensante, nela descobre Deus como idéia inata, dai conclui a impossibilidade do erro absoluto e propõe como forma de superação a adoção das regras metodológicas, o saber passa a ser fundado agora na subjetividade humana e não mais no ser. Esse é o processo da evolução da ciência moderna, apenas com base em regras metodológicas constituir a verdade, deus se tornará desnecessário ao saber.
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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