domingo, 19 de junho de 2011

Lentes objetivas

Em uma nova defesa do racionalismo na ciência, Weber procura fazer uma "apresentação clara e transparente de suas ideias, para compreendê-las e para saber o porquê de se ter lutado por elas". Foi o que vimos os outros autores estudados fazerem: propuseram novos métodos e os explicaram.
Para a sua proposta ciência da realidade, deveríamos nos desfazer dos juízes de valores. Haveria assim objetividade, porém é preciso reconhecer a dificuldade de evitá-los, tão intrínsecos eles são.
Ainda nesses valores, devemos evitar os dogmas, relegando-os apenas à religião. A ciência não deve se prender a nada, nem a leis - estas são apenas parte do meio da análise sociológica, e não o fim; sem abstrações e sem generalizações já que não há um denominador comum.
Weber critica ainda o materialismo histórico por utilizar-se de critérios restritos, e reforça a economia não ser fator essencial como o modelo rejeitado pressupõe. Possui sua importância sim, contudo não é o fator central. O meio pode influenciar (determinismo), entretanto, há uma margem para o indivíduo: as conexões levam às escolhas, mas depende da pessoa a decisão final.
São propostos, pois, quatro tipos de ação:
  • racional com relação a um objetivo (podendo possuir um fator influenciador econômico);
  • racional com relação a um valor;
  • ação efetiva ou emocional;
  • ação baseada nas tradições ou nos costumes.
A maior liberdade dada por Weber auxilia melhor entendimento da realidade por completo, assim como apenas com as generalizações não é possível enxergar tudo. Desse modo, o método deve ser universal, passível de ser entendido em qualquer lugar graças à objetividade. Outro ponto importante, portanto, é o viés compreensivista - pode-se discordar de algo, só que isso não pode evitar a compreensão de fatos.

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