Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
sábado, 25 de junho de 2011
O compreensivismo de Max Weber
Apesar da forte influência que exerciam as ideias de Marx e Comte na sociologia, Max Weber escolheu seguir um caminho diferente. Ele foi um dos precursores de uma análise da realidade social cotidiana que não se dava por meio de leis permanentes explicando fenômenos sociais. Para Weber essa análise deveria se dar através da compreensão do sentido existente na ação social dos indivíduos movida por valores, e não por determinantes econômicos ou pela força da sociedade sobre o indivíduo.
Assim podemos entender qual a essência da função sociológica para Weber: entender a ação social. As determinações e condicionamentos do modo de produção da ordem social, das leis históricas permanentes, não serviriam para ele ao estudo da sociologia, apenas o que serviria é a ação, cada movimento isolado do indivíduo. Tanto era assim que a ação individual não tinha menos importância que o movimento de um grupo mais amplo, pois era justamente a ação social que lançava luz a um comportamento social mais amplo
Weber acreditava que a sociologia não deveria ensinar o homem a viver, mas compreender o sentido da ação humana, por quais valores ela se move, e por quais conexões é influenciada. Ao contrario da ciência determinista, que dizia que o cientista social deveria abrir mão de juízos de valor para a análise social, ele acreditava que o ponto de partida para a ação seria a escolha de valores.
A objetividade era importante no método weberiano, o cientista social não deveria se deixar mover pelas próprias paixões, mas pelas paixões do objeto a ser analisado, mas apesar de objetivo, seu método não era rígido, Weber acreditava que os valores se transformavam de acordo com o momento histórico e que podiam adquirir quarto formas diferentes: racional, valorativa, afetiva e tradicional
Para,enfim, organizar a complexidade do mundo real, Weber cria os chamados “tipos ideais”, essa idealização perfeita e utópica deveria ser comparada aos fatos para que se pudesse obter, por fim, a verdade científica
Assim, Weber cria uma sociologia sustentada em valores e contrária a muito do que havia sido dito antes dele, uma sociologia fundada na compreensão da verdade e em sua universalidade.
Muito rica esta publicação, ela explica de forma muito simples a complexidade da visão de Max Weber! Mas o que pode reter desta publicação é que weber descarta os metodos de interpretação social que visam generalizar as experiências retiradas do mundo empirico e procura, não introduzir as acções socias em padrões ja estabelecidos mas sim interpreta-los e entender a sua natureza e a conexão com outros lassos!
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