sexta-feira, 3 de junho de 2011

A automatização do ser humano

Tema 2: subjetividade/objetividade do trabalho

No capítulo XIII, “A Maquinaria e a Indústria Moderna”, do livro “O Capital”, há um momento em que Marx descreve a diferença entre o trabalho subjetivo e o objetivo.

O trabalho subjetivo consiste na realidade da manufatura, isto é, no fato de o trabalhador desempenhar suas atividades de forma completa para, então, gerar o produto final. Como exemplo, basta analisar uma mesa construída pelo marceneiro. Ele terá de lixar a madeira, cortar todas as partes, pregá-las e pintá-las ou fazer o acabamento da maneira que lhe convier.

Em outra ocasião, já no aspecto objetivo do trabalho, a manufatura é substituída pela grande indústria, a qual fragmenta todos os processos e coloca-os nas linhas de montagem (termo este cunhado após a morte de Marx, mas que exemplifica a automatização dos procedimentos), onde cada funcionário desempenha uma função específica (como o pregar de cada peça ou o corte das madeiras pela máquina, bastando o correto posicionamento delas, entre outros.).

Na primeira situação, a pessoa detém todo o conhecimento das fases de construção do produto. Assim, ela torna-se única por poder criá-lo à sua maneira. Na segunda, cada indivíduo atuará de forma mecânica, focando apenas uma atividade. Neste caso, fica fácil substituí-lo porquanto qualquer outro sujeito pode cumprir suas atribuições.

Dessa forma, o que se percebe é a transformação do ser humano em autômato, pois sua capacidade intelectual é desperdiçada ao converterem-no em mera máquina de repetições.

Foi a partir de tais raciocínios e de tamanha miséria gerada por essa conjuntura que Marx, Engels e outros estudiosos da sociedade formularam propostas de subversão, as quais até hoje influenciam de maneira contundente o nosso cotidiano.

Integrantes:
Gustavo Ronconi
Luiz Antônio Dias
Maciel Oliveira
Rahman Kassim
Renan Mello
Wagner Shiroma

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