segunda-feira, 27 de junho de 2011

A análise sociológica complexa de Webber.

Max Webber é um dos percursores sociológicos que pontuam sua observação pelo sentido existente da ação social dos indivíduos, para ele as ações individuais lançam luz à análise sociológica.
A ação social é determinada pelos valores dos indivíduos. Cabe, então, ao sociólogo explicar sobre quais valores a ação foi orientada. O individuo pondera e escolhe valores para a decisão de suas ações. Logo, a busca da verdade científica é incompatível com o sistema de leis que explicam os objetos. As leis devem ser seguidas da análise das combinações de fatores, das conexões anteriores e das possiblidades futuras para uma análise correta dos objetos.
Assim, por exemplo, no filme “Meu Nome Não é Johnny” pode-se perceber um viés weberiano da juíza que julga o protagonista no final do filme, pois essa considera não só o que está previsto por lei, mas as conexões anteriores do réu e as possibilidades futuras do mesmo. Esse tipo de julgamento é criticado por alguns, principalmente por aqueles que têm viés positivista, e elogiados por outros.
Na perspectiva weberiana a ação social pode ser de 4  tipos. Pode ser uma ação racional com relação a um objetivo, como quando um favelado se esforça para entrar em uma universidade pública; ou relacionada a valores, quando consciente dos riscos que correm e movidos por seus valores enxergam um determinado fim, como é o caso da ação dos homens bomba. Pode também ser uma ação emocional, estimulada pelas paixões individuais, como homicídios passionais; ou uma ação tradicional, estimulada pelos hábitos e crenças do indivíduo, como a participação de uma procissão.
Webber faz também uma crítica à ideia determinista da ciência, afirmando que essa não serve para mover a prática, mas para compreendê-la. É contra o dogmatismo do materialismo histórico, pois esse evidencia um denominador comum na realidade causal, e muitas vezes amplia o conceito de econômico até desfigura-lo.
Define o objeto socioeconômico como: especificamente econômico, economicamente condicionado e economicamente importante. Fora dessas definições o objeto não está na fronteira econômica, mas pertence a outras fronteiras como a cultural ou a política.
O autor considera também que o burguês genuíno não aproveita a vida, mas acumula capital. Sendo assim essa ‘racionalidade’ não corresponde com as verdadeiras conexões sociais, torna-se, portanto, irracional.

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