segunda-feira, 16 de maio de 2011

Solit(d)ários

A sociedade, constituída de cada particular, diversos indivíduos diferentemente desenvolvidos, é capaz de gerar uma consciência coletiva, a mesma que gera o direito e as diretrizes gerais.

Novamente, Durkheim usa do corpo para construir sua metáfora social, na qual a individualidade de funções é essencial para que todo o organismo funcione de maneira ideal, afinal, “busca-se no diferente aquilo que não se tem” e é este o sentido da divisão do trabalho para nosso sociólogo.

A divisão do trabalho não supre apenas a necessidade técnica da indústria e da mecânica moderna, mas também conduz uma solidariedade orgânica. A solidariedade contribui para a integração geral da sociedade, tem natureza moral, manifestarem-se nos costumes, ela se materializa no Direito, podendo ser, então, mais facilmente estudada. Também é fruto das diferenças sociais, já que são essas diferenças que unem os indivíduos pela necessidade de troca de serviços e pela sua interdependência. O meio natural e necessário a essa sociedade é o meio profissional, onde o lugar de cada um é estabelecido pela função que desempenha e a estrutura dessa sociedade é complexa. Quando essas funções perdem sua coesão a sociedade passa a sofre de uma patologia que ganha o nome de anomia e o corpo perde sua harmonia.

Seguindo essa mesma linha, posso dizer que por mais que nós inquiramos a condição de isolados, o nosso empenho será sempre em vão já que “nenhum homem é uma ilha”, somos unidos pelo simples fato de sermos humanos e partilharmos da mesma natureza. O requisito para o bom funcionamento da sociedade é a diferenciação dos órgãos e a dinamização do serviço, ou seja, individualismo da lugar a uma individualidade saudável. Somos seres sociais e vivemos em rede, sustentamos o mundo com nossas diferenças, portanto, honremos as diversidades!

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