domingo, 1 de maio de 2011

Os fundamentos de uma filosofia positiva


Comte presenciou, durante o período de Revolução Industrial, mudanças bastante intensas e significativas na sociedade em que vivia. Eram mudanças no meio de produção, nas relações trabalhistas, e também a substituição do tempo biológico pelo tempo cronológico, que a partir de então, passaria a reger e controlar a vida de todos. Todas essas mudanças que o Capitalismo provocou, permitiram segundo Comte, o amadurecimento da mente humana, que, portanto, estaria apta a empreender complexas investigações científicas, sem se deixar influenciar pela imaginação ou pela abstração. Apta, portanto, para adotar a filosofia positivista, da qual Bacon e Descartes foram precursores, e cujos objetivos são observar e analisar fenômenos reais e concretos, e buscar possíveis explicações para seus acontecimentos.

Apesar de o positivismo basear-se na observação e na experimentação, não descarta a importância da teoria e afirma que ciência e técnica auxiliam o homem na superação de sua fragilidade filosófica.

Comte diz que assim como o sistema solar, a sociedade também é regrada por leis constantes e invariáveis, e que todo ser vivo pode ser estudado através de duas ópticas fundamentais: a estática, que consiste na determinação das condições orgânicas de que dependem, e a dinâmica, que estuda a marcha efetiva do espírito humano em exercício. Por isso, vê a necessidade do surgimento de uma ciência social, porque essa não se encaixava em nenhuma das quatro categorias principais dos fenômenos naturais.

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