sexta-feira, 27 de maio de 2011

A História com Novos Olhos

Engels, em “Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico”, pretende combater o socialismo utópico para desenvolver o científico por meio da efetiva compreensão da sociedade. Primeiro, seria necessário o abandono da limitada concepção de história metafísica, na qual os conceitos são fixos e isolados, sem meio-termo, por derivarem do senso comum. Para exemplificar a deficiência da metafísica, Engels cita o problema da identificação do limite entre a vida e a morte enquanto que, seguindo nosso senso comum, diríamos ser possível, com certeza, dizer se um animal vive ou não. A contribuição de Hegel foi justamente descartar a metafísica e apresentar a história como um processo de transformações, como dialética, mas com uma visão idealista, de acordo com a qual apenas a mente seria real e tudo que fosse racional seria real. Deste modo, no plano das idéias, seria lógico que todo operário fosse contra o sistema capitalista. Porém, nem sempre a ideia corresponde à realidade, pois, muitas vezes, o próprio operário carrega ideais da classe dominante ou por ela incutida - como o mito do trabalho, de acordo com o qual os esforços e a dedicação do trabalhador seriam sempre compensados com o sucesso ou ascensão social, o que não é verdade – sendo dissolvida qualquer intenção de rebelião.

O materialismo que propõem Engels e Marx afirma que a causa das lutas de classe que movem a história é de ordem econômica, exterior a nós, e não filosófica. O modo de produção determinaria, direta ou indiretamente, todas as relações sociais e, assim, também, a superestrutura constituída pelas instituições jurídicas. Do mesmo modo que o feudalismo havia caído por terra com a ascensão da burguesia, para a qual deixavam de ser convenientes as instituições feudais, instaurando-se o capitalismo, este mais tarde, seria sucedido por um novo modo de produção: o socialismo. Este seria resultado de contradições próprias do sistema capitalista: a alienação do produtor de seu produto (que deixara de ser individ Engels, em “Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico”, pretende combater o socialismo utópico para desenvolver o científico por meio da efetiva compreensão da sociedade. Primeiro, seria necessário o abandono da limitada concepção de história metafísica, na qual os conceitos são fixos e isolados, sem meio-termo, por derivarem do senso comum. Para exemplificar a deficiência da metafísica, Engels cita o problema da identificação do limite entre a vida e a morte enquanto que, seguindo nosso senso comum, diríamos ser possível, com certeza, dizer se um animal vive ou não. A contribuição de Hegel foi justamente descartar a metafísica e apresentar a história como um processo de transformações, como dialética, mas com uma visão idealista, de acordo com a qual apenas a mente seria real e tudo que fosse racional seria real. Deste modo, no plano das idéias, seria lógico que todo operário fosse contra o sistema capitalista. Porém, nem sempre a ideia corresponde à realidade, pois, muitas vezes, o próprio operário carrega ideais da classe dominante ou por ela incutida - como o mito do trabalho, de acordo com o qual os esforços e a dedicação do trabalhador seriam sempre compensados com o sucesso ou ascensão social, o que não é verdade – sendo dissolvida qualquer intenção de rebelião.


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