domingo, 29 de maio de 2011

Do Iluminismo à Guerra Fria

O Iluminismo não conseguiu acabar com as desigualdades de classes, pois, embora justificasse tudo ante o foro da razão, foi se erguendo um império idealizado pela burguesia. A Revolução Francesa demonstra claramente esse império, no qual foram abolidos os privilégios de nascimento, mas estabelecidos os privilégios do capital. Dessa forma, a justiça se reduz à justiça burguesa, a igualdade se reduz à igualdade burguesa. Houve, pois, uma troca de classe dominante: sai a nobreza e entra a burguesia. E a grande massa continua excluída da esfera política e econômica.


O socialismo primitivo busca solucionar a diferença de classes baseado na concepção de que a solução viria dos intelectuais, pois o proletariado seria incapaz de promover as mudanças. Entretanto, a burguesia não abriria mão de suas possses. Este socialismo, chamado também de utópico, repudiava a produção capitalista, todavia não explicava a histórica exploração entre as classes.


Hegel consegue libertar da metafísica a concepção da história e propõe a dialética, a qual analisa a natureza e a história segundo uma constante transformação. No entanto, de acordo com a perspectiva de Engels a interpetação da história do filósofo alemão era idealista e deve ser substituída por uma concepção materialista. O socialismo deixa de ser um protótipo de sistema ideal e passa a ser o estudo histórico das lutas de classes juntamente com os meios que levarão à sua solução.


Além da concepção materialista da história, o segredo da produção capitalista foi revelado. Este foi denominado mais-valia e consiste na "apropriação do trabalho não pago". O socialismo adquiriu, portanto, um caráter científico, alavancando ondas revolucionárias pelo mundo no século XX e protagonizando a grande tensão mundial durante a Guerra Fria.

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