sábado, 14 de maio de 2011

Dividir por quê?


Das relações interpessoais travadas por nossa espécie, o trabalho é, sem dúvida, uma das mais imprescindíveis. Durkheim chega à mesma conclusão ao alegar que essa atividade é a base para a manutenção da sociedade.Além disso, demonstra uma curiosa visão ao expor a divisão do trabalho como um fator de solidariedade social.

De fato, cada função por nós execida, nesse contexto, pode sim ser vista pela perspectiva organicista do autor: para que o corpo social continue vivo, as classes trabalhadoras - intelectuais ou manuais - são umas idispensáveis às outras.Porém, a ideia do autor de que a finalidade econômica e o interesse pessoal pelo trabalho sejam fatores de baixa importância é falha ao observamos nossa realidade atual.

Diferentemente do que Durkheim espera, não nos submetemos ao trabalho para cumprirmos nossa função de solidariedade social.O individualismo, característica por ele considerada como nociva à ordem da sociedade, tornou-se um aspecto inerente ao ser humano. Dessa forma, buscamos no âmbito profissional, aquilo que nos satisfaça, economica e/ou espiritualmente (embora valha ressaltar que o primeiro quesito tem sido alvo de maior desejo). Além disso, as exigências do mercado de trabalho por nós enfrentadas estimulam uma competitividade que certamente decepcionaria as expectativas do autor.



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