domingo, 29 de maio de 2011

A ciência parte da dialética


Para Engels, os iluministas trouxeram à humanidade sua aurora. Dessa bela imagem pode-se extrair um profundo significado: era apenas o início das luzes, apenas o começo da percepção real do mundo e da sociedade.

O sol começava a aparecer mais ainda não era capaz de emancipar totalmente a sociedade de seus pontos cegos. De acordo com nosso filósofo, a racionalidade burguesa se alastrou de maneira a ludibriar os operários e os mais periféricos indivíduos da sociedade a uma mentalidade burguesa, o suficiente para uma simples troca de governos e permanência da subordinação.

No decorrer do tempo, a luz vai aumentando sua abrangência. A antítese burguesa, carregada pelos próprios membros dessa classe, é exposta e o Socialismo utópico, um estágio de pouca maturidade, emana dos filósofos com a abstração de uma sociedade de uma só classe, com todos os membros produtivos. Entretanto, o nome diz, utopia, “lugar nenhum”. Pensadores como Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen, são pouco vividos. A razão pensante por eles proposta não é capaz de trazer o socialismo de fato já que não se vale da realidade material, portanto, estagnamos aqui em mais uma etapa.

Mais um pouco de Luz e a teoria ganha mais vivacidade. O teoria social torna-se ciência. Já mais madura é apta agora de censurar a metafísica e o estudo do objeto em detrimento do todo. Em complemento à teoria positivista, na qual importa a função do objeto e sua ordenação, o socialismo cientifico pede pelo estudo de sua origem e em que meios chegou até onde está. A filosofia alemã, especialmente com Hegel(1770-1831),recupera a dialética na análise da natureza, da sociedade e do pensamento, em íntima conexão, constante movimento, transformação e desenvolvimento e examinando a história da humanidade não como caos, mas como processo.

É dessa dialética que provém o agitação social, e a sua antítese deve promover a transformação como na Antiguidade, feudalismo, capitalismo e socialismo. Cada um dos três primeiros é superado por uma contradição interna, chamada "germe da destruição". A contradição da Antiguidade é a escravidão; do feudalismo, os servos; e do capitalismo, o proletariado. O socialismo seria a síntese final, em que a história cumpre seu desenvolvimento dialético.

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