domingo, 1 de maio de 2011

Augusto Comte e o Positivismo

        Augusto Comte, em sua obra " Curso de Filosofia Positiva"(1830) nos demonstra que a base principal de sua teoria é o cenceito positivista, que discutia acerca da realidade completa, promovendo uma explicação racional à partir da observação do real.
        Comte determina que existem três estágios da construção do conhecimento e evolução do pensamento humano: o primeiro é o Teológico, o segundo é o Metafísico e o terceiro o positivo.
         O primeiro estágio, conhecido como Teológico, é baseado na crença em Deus para a explicação dos acontecimentos mundanos. O espírito humano dirige suas investigações para a natureza dos seres, sua origem e mistérios. Acredita-se que os fenômenos são produzidos pela acão direta de seres sobrenaturais, que regulam o universo:os mitos são comuns.
      No segundo estágio, o Metafísico, há uma pequena modificação em relação ao teológico:"...os agentes sobrenaturais são substituidos por forças abstratas, verdadeiras entidades inerentes aos diversos seres do mundo..."(pp. 4). A natureza é considerada única entidade geral e é fonte exclusiva de todos os fenômenos. O homem busca explicações para aquilo que está a sua volta porém, os Deuses não são mais responsáveis pelos acontecimentos do mundo.
        O terceiro estágio, o Positivo, é marcado pelo amadurecimento da humanidade. Os estágios anteriores são fundamentais para que o homem passe a entender e explicar o mundo de uma maneira complexa. Não apenas a descoberta das causas é considerada mas, também as leis que regem os fenômenos.
         Para Comte é necessário a existência de uma ciência social que pudesse entender o sentido das transformações no mundo e na sociedade e a positividade pressupõe a certeza dos fatos, sua boa fundamentação. Para o autor, as explicações devem ser baseadas na realidade, deixando de lado o incerto e quimérico. Como propostas fundamentais do positivismo, Augusto Comte, divide a "lei lógica" dos fenômenos em: estática, que dependem de condições inerentes a sociedade e predomina uma atividade social; e a dinâmica, um aprimoramento do conhecimento, educação, espirito evolutivo em desenvolvimento. Esse principio positivista comteniano pode ser observado no lema da bandeira brasileira "Ordem e Progresso". A filosofia positivista exige a combinação de várias ciências para romper com o isolamento, o conhecimento pleno advem do estudo do todo.
        No texto " Discurso sobre o Espírito Positivo" (1844), Augusto Comte, aponta algumas utilizações práticas do positivismo. Na visão de Comte, o conjunto deve despertar por uma educação universal que é base da sabedoria humana.
        O método de educação positivista deve ser ensinado ao proletariado visto estes, por não terem conhecimento nenhum são melhores receptores deste método pois ainda não foram influenciados pela especulação metafísica. O saber positivo não permite que os homens aproximem-se da anarquia pois o caminho é o regime de Estado forte.Para Augusto, a política social só é possível com o positivismo, o metafísico não conquista as massas porque não consegue assegurar suas necessidades básicas. O governo mais eficiente deveria agir de acordo com o positivismo, agindo com eficiência para beneficiar a população: é mais válida dar assistência direta para a população ao invés de burocratizar.
        A solidariedade é outro assunto abordado pois tem papel fundamental na sociedade organizada pelo positivismo, ao contrário da moral religiosa na qual o objetivo é a salvação pessoal; o positivismo preconiza a sociedade em geral: o bem público é que gera felicidade.O positivismo visionado por Comte, está inserido na sociedade atual de diversas maneiras.
        

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