domingo, 1 de maio de 2011

Após Descartes e Bacon, finalmente Comte


Augusto Comte vem unir e potencializar os preceitos de Bacon, as concepções de Descartes e as decobertas de Galileu. Nesse momento o que Comte chama de filosofia positiva pronuncia-se no mundo em oposição ao espírito teológico e metafísico.


Entretanto, como se chega ao estágio positivo? Este sendo o último estágio, necessita que a nossa mente passe antes por outros para que se amadureça e esteja pronta.


O primeiro dos estágios e aquele chamado teológico, em que os fenômenos apresentam-se produzidos por agentes sobrenaturais.


O segundo seria o estágio metafisico, considerado como um estágio de transição. Neste as entidades sobrenaturais são substituidas por forças abstratas, sendo que para cada fenômeno é determinada uma entidade correspondente.


O estágio ultimo e máximo é o Positivo, e neste a preocupação maior é conhecer as leis que regem o universo. A filosofia positiva preocupada em estudar tais leis que regem os fenômenos naturais, dividiu-os em quatro categorias: astronômicos, físicos, quimicos e fisiológicos.


Entretanto ainda faltava os estudo dos fenômenos sociais, destacados pela dificuldade em seu estudo, sendo eles mais particulares, mais complicados e dependentes de todos os outros.


Para o positivismo cada ser tem o seu lugar e desempenha seu própio papel no universo, assim como cada planeta do sistema solar. Só desse modo é que a sociedade pode se desenvolver e trilhar um caminho rumo ao bem estar total desejado.


A sociedade e os seus integrantes são como o corpo e os seus orgão: se tudo funciona bem e cada um desempenha com excelência a sua função, o corpo é saudável e se desenvolve sem problema. Sendo assim, a preocupação da filosofia positiva não é mudar a sociedade, e sim resolver seus problemas de modo que tudo fique como está, e funcionando bem.


Daí surgem duas máximas do positivismo: a ordem e o progresso, observadas também na nossa bandeira nacional. Ordem: cada um cumpre o que lhe foi determinado e dessa forma chega-se ao Progresso. Na sociedade então, existem aqueles que são o cérebro e aqueles que são as mãos numa analogia com o corpo humano. Os primeiros reponsáveis pela criação, e os últimos pela ação.


Assim surgem duas ordens de inteligências: a dos empreendedores(cérebro, intelectuais) e a dos operadores diretos(mãos, operários).


Sendo o positivismo preocupado com uma visão mais prática dos fenômenos, os proletários apresentam uma maior predisposição a assimila-lo, ja que, ao contrário das classes mais altas, não foram doutrinados pelo ensino metafísico e literário.


A prática mais valorizada, faz do positivismo uma arma do capitalismo, pois o saber positivo reforça o gosto pelo trabalho prático e a aceitação dos lugares sociais determinados. Assim o saber positivo afasta os trabalhadores da anarquia e das ambições materias, fazendo com que a máquina capitalista continue funcionando a todo vapor.


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