segunda-feira, 11 de abril de 2011

O mundo atual contradizendo Descartes e Bacon

O filme "Ponto de Mutação" é uma obra que consiste primordialmente em um debate entre uma cientista, um político e um poeta. Dentre os assuntos das discussões dos três, algumas críticas sobre os ideais de Descartes e Bacon são feitas, sendo estas o assunto de maior interesse deste excerto.
Acerca dos ideais de Descartes, seu método de fragmentar tudo e tanto quanto possível é o mais criticado. O contra-argumento é o de que na verdade, na natureza nada pode ser fragmentado, porque tudo está interligado. A matéria, a energia: tudo está interligado e só por isso há forma.

Tal critica permite uma análise do tema no contexto social. Não é difícil atestar que todas as microrrelações sociais estão interligadas. Para um processo produtivo e consumidor no mundo capitalista, para que as relações sociais atinjam proporções nacionais e até globais é necessário que todos os homens estejam relacionados de alguma forma. Com certeza todos precisam de todos e algo que acontece com um atinge toda a cadeia de alguma forma, mesmo que em pequenas proporções.
Já no que tange aos ideais de Bacon, uma crítica interessante para o contexto atual é a que é feita encima da idéia de que o homem precisa dominar a natureza e se utilizar dela(o tanto quanto necessário) para obter conforto.

O homem claramente sempre necessitou usufruir dos bens naturais para sobreviver e com os números populacionais atuais precisa muito mais. Mas pegando carona na Campanha da Fraternidade amplamente difundida pela Igreja Católica esse ano: "A criação geme em dores de parto." O meio ambiente não suporta mais as condições que lhe estão sendo impostas. O ser humano já tem exagerado, e muito, na degradação de seu maior bem e a natureza claramente implora por trégua. O Japão que o diga...
Portanto, fica evidente que os antigos métodos devem ser repensados na atualidade e não deixando de citar positivamente a genialidade de Descartes e Bacon, o filme e o autor deste post convidam os leitores e espectadores a pensarem além dos métodos, de forma a observar as falhas e adaptar grandes pensamentos aos dias atuais.

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