sexta-feira, 1 de abril de 2011

Discipline a mente

Bacon, em sua obra, critica a ciência como apenas um mero exercício da mente, considerando que essa é eficaz e verdadeira quando possibilita a compreensão da natureza e se traduz em resultados que favorecem ao bem-estar do homem. Entretanto quando fazemos nossa análise e compreensão não podemos deixar que a nossa mente se guie por seus próprios caminhos. É necessário que a disciplinemos afim de que não nos deixemos levar por valores e idéias equivocadas que podem tornar falsas as nossas conclusões. Bacon propõe que para disciplinar a mente, é preciso que ela seja guiada pelos mecanismos de experiências do que se deseja observar. Então se propõe dois métodos: o primeiro seria aquele que consiste da antecipação da mente, ou seja, seria baseado no conhecimento contemplativo, em que bastaria que as afirmações fizessem o mínimo sentido para que fossem tomadas por verdades; o segundo seria aquele considerado ideal, no qual a busca pelo conhecimento se daria por meio da experimentação, chamando-se assim interpretação da natureza. Hoje, sem dúvida, o método mais observado é o da antecipação da mente, pois é a base para o senso comum, devido a sua "ingenuidade" e sendo assim de facil aceitação pela maioria das pessoas. Essa experimentação sem limites proposta por Bacon, aliada ao método cartesiano formam as bases primordias da ciência moderna, que consiste, assim como mencionei na minha última postagem, em: análise das categorias mais primárias do estudo segundo experiências, e dessa forma ir progredindo na complexidade das análises, afim de se chegar a uma formulação de novos conhecimentos que possam contribuir de modo eficaz no bem-estar humano.

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