sábado, 26 de março de 2011

A Divindade da Razão em Descartes

No “Discurso do Método” de Descartes, o autor, entre as demais reflexões, propõem uma interpretação diferente daquela que crê no homem como produtor independente de todo conhecimento e possuidor da razão, como a que há no movimento filosófico iluminista, por exemplo. Para ele, as coisas e as conclusões do homem, tomadas como verdadeiras pelo fato de serem concebidas de forma distinta, segundo ao raciocínio adotado pelo autor (“as coisas que concebemos muito clara e distintamente são todas verdadeiras”), são providas de um ser perfeito e soberano, Deus para ele. Este nos daria a clareza das idéias através da alma imperfeita que temos; e esta mesma, por ora, seria feita a partir do próprio ser perfeito, sendo nós reflexos imperfeitos dele.

Isto é uma das exposições que o autor faz, principalmente no trecho quarto do texto. E por ela, ele concluiu como surgem os postulados verídicos e, principalmente, a existência de alma e Deus. Aspecto peculiar este último, pois mesmo Descartes sendo extremamente racional e apoiando uma nova ciência livre de todos os misticismos e suposições sem fundamentos, ele acredita ainda que haja algo de divino e supremo dentro dos homens.


Diogo de Souza Mazzucatto Esteves - 1º Noturno

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