segunda-feira, 29 de abril de 2024

Existe espaço para o marxismo na formação e atuação do jurista?

Sem enrolação e de maneira prática e objetiva, a resposta é sim!

Nos tempos hodiernos, muitos juristas são fortemente influenciados e baseiam suas decisões no que é chamado de positivismo jurídico – pensamento fundamentado tão somente nas normas, sob uma perspectiva crua, leviana e, por vezes, aporofóbica da realidade. Nesse sentido, o marxismo como base na formação e atuação do jurista vem para combater essa ideia excludente e para formar profissionais com pensamento crítico e conscientes, questionando como as estruturas legais refletem e mantêm as relações de poder na sociedade e como combater as desigualdades e injustiças presentes no sistema jurídico.

Ademais, a influência do marxismo nessa área de formação e atuação dos juristas pode trazer mais consciência social, capacitando-os a advogar de forma mais eficaz em prol da justiça social, uma vez que haveria uma compreensão mais profunda das questões sociais e econômicas implícitas e inerentes aos casos legais.

Portanto se houvesse uma maior influência do marxismo na formação e, por conseguinte, na atuação profissional dos juristas, é possível afirmar que suas decisões seriam mais justas, sob uma análise crítica dos casos, além de combater decisões inspiradas do positivismo jurídico que só prejudicam ainda mais as classes desfavorecidas da sociedade, como pôde ser visto e elucidado em diversos casos de injustiça comentados na palestra do CADir.