sexta-feira, 9 de maio de 2014

Fato social e causa eficiente

Durkheim critica a análise ideológica, pois esta vai das idéias para as coisas e não das coisas para as ideias, acredita na análise do fato social como coisa. Para ele a sociologia, em sua visão, deveria se valer daquilo que Bacon diz serem as pré-noções, que seriam seus “ídolos”, pois os substratos passionais da consciência afetam o exame cientifico dos fenômenos sociais.
O conceito de fato social como “coisa” remonta a Comte, todavia, este apela para uma noção metafísica ao conceber o progresso como sentido de toda a história. No método durkheiniano fato social é o objeto de estudo da sociologia, tendo como substrato o agir do homem, de acordo com as regras sociais, sendo externo ao individuo e capaz de gerar coerções externas que moldam seu agir.
Em seus textos Durkheim refere-se ainda ao papel da educação que: seria o de forjar o ser social, lhe incutindo regras que aos poucos são interiorizadas; ou seja, os valores sociais são ensinados e não aprendidos sozinhos, mas são tão profundamente enraizados que nos fazem pensar que “são frutos de nossa própria elaboração”, assim sendo, mesmo que, o comportamento se expresse no individuo, ele apenas traduz hábitos adquiridos na dimensão do coletivo.
Seguindo essa linha de pensamento, a sociedade não representa a soma das consciências individuais, mas a expressão de outro conceito: a consciência coletiva. Dentro desta, certas necessidades (causas eficientes) fazem surgir instituições responsáveis por dar eficiência ao funcionamento do corpo social. A exemplo de “causa eficiente” existente entre o crime e a punição, sendo esta a resposta da consciência coletiva, à sociedade ao crime.


Bruna Midori Yassuda Yotumoto- 1º ano direito diurno