segunda-feira, 31 de março de 2014

Nem tudo é porque deve ser

O triunfo do Método Cartesiano está na duvida, fato que vai de encontro ao pensamento da filosofia baseada na tradição clássica, quebrando assim o ciclo vicioso do pensamento de sua época: As coisas assim são, porque devem ser. Ao afirmar que o homem é um ser racional, Descartes acredita que isso o torna capaz de interpretar e dominar a natureza, e que ao fazê-lo estará reverenciando a Deus, já que fomos feitos a Sua imagem e semelhança, assim buscar a razão é uma forma de contemplá-lo, desvendando os Seus enigmas. Porém, por ser criatura, o homem necessita do intermédio do Método para alcançar seus objetivos, pois nossa capacidade de raciocinar encontra limites no ser que também é passional e, por diversas vezes, incapacita-se de descobrir o caminho da razão. Logo, antes de tudo, o método traz autocontrole. Seu principio fundamental está na duvida, tendo a clareza como critério da verdade.Mas o caminho não é a ruptura radical com o pensamento cientifico da época, mas a criação de uma ‘moral provisória’, a qual exige regras e cautela. Ele acreditava ainda que a finalidade da ciência era a dominação da natureza, pois nesse processo, o homem alcança a razão.  Seu principio embasa a Ciência Moderna através do questionamento da realidade e da quebra com o pensamento clássico.


Jade Soares Lara, primeiro ano diurno