terça-feira, 8 de outubro de 2013

A árvore da revolução

Marx vem expor a crítica sobre o caráter religioso, da filosofia do direito de Hegel. Ele se baseia no fundamento de que foi o homem quem criou a instituição da religião, e não o oposto. Para o autor, o universo do ser humano é constituído de instituições concretas, como o Estado, a sociedade e o próprio homem, desvinculando assim a realização fantasmal da consciência humana, que é o mundo invertido da religião, da realidade. Para se obter a verdadeira felicidade do homem é necessário abolir a religião.
Karl Marx também discorre uma trajetória não só histórica da Alemanha, mas também social, política e estrutural sobre seu país. É possível depreender dessa análise um combate corpo a corpo de classes da sociedade. O passado alemão do Antigo Regime vai desencadear no regime político (da época vivida pelo autor – século XIX) anacrônico, de contradições dos axiomas universais aceitos.
A filosofia alemã do direito e do Estado é a única que representa a verdadeira história da Alemanha, de acordo com a época moderna oficial. Por causa disso que o partido alemão exigia a não aceitação desta filosofia. Marx é intransigente ao afirmar que não é possível extinguir a filosofia, sem antes colocá-la em prática, deixar ela se concretizar. Pois a partir das transformações desencadeadas por esta ciência, o status quo político alemão será abalado.

Na conclusão de seu pensamento acerca deste assunto, o autor é categórico ao clamar por uma revolução que permita o início dessas metamorfoses necessárias ao povo alemão. E este movimento só será possível se for incitado pela classe operária. Pois, o proletariado é a dissolução de todas as demais classes, tem cadeias radicais e possui sofrimentos universais. Logo, a filosofia é a raiz de sustentação da emancipação alemã e humana, e o proletariado é o seu tronco de crescimento e desenvolvimento.