sábado, 11 de agosto de 2012

O Manifesto Comunista e a luta de classes.

(O Manifesto Comunista em cartoon)
http://www.youtube.com/watch?v=y-yqsntGrSk

A história da todas as sociedades que já existiram é a historia da luta de classes. É dessa maneira que se inicia uma das maiores obras de nossa sociedade. “O Manifesto Comunista”, de Karl Marx e Friedrich Engels, trata do antagonismo de classes, fato este já existente, porém aprofundado pelo surgimento da burguesia e o regime capitalista.
A emergência de uma sociedade burguesa decorre do processo de decaimento do feudalismo. A partir desse momento, abandona-se uma economia autossuficiente e eleva-se o modo de produção capitalista, cuja característica maior é a fabricação de produtos em massa. Deste modo, a diferença de classes foi ampliada, assim como a sua exploração. Apesar da maioria proletária, eram os burgueses que detinham os meios de produção, o que facilitava o abuso por parte destes.
A impressão da burguesia como estrato revolucionário logo se transformou na figura de um homem explorador, com uma barriguinha saliente fruto da fartura gerada por seus operários. Já estes se valiam de uma expressão pálida, raquítica, que demonstrava o quão explorados eram.
No Manifesto Comunista, Marx e Engels apresenta essa sociedade de maneira a critica-la. A burguesia criaria uma nação à sua semelhança, atingindo todos os pontos desta. Tudo estaria baseado no pensamento capitalista, não sendo diferente no Direito. Este defenderia o interesse do explorador, direta ou indiretamente.
Assim ocorre também com as famílias, que se tornavam reflexo da exigência social capitalista. Os filhos não passavam de mercadorias para seus pais, que os viam como forma de enriquecer e atingir o patamar burguês. O consumo, por sua vez, era o meio de se conseguir a tão desejada felicidade, transformada em um objeto de valor.
Atualmente não seria diferente. A imprensa reflete o pensamento em massa; nas ruas deparamo-nos com o consumismo exagerado, que resulta em crises mundiais, fome e miséria; e, por fim, o aumento da diferença entre classes é exponencial.
A solução para essa luta de classes seria, na visão dos autores, a revolução proletária. O Comunismo, sistema defendido por eles, acabaria com o antagonismo e livraria os trabalhadores das amarras capitalistas, que impedia suas ações e o seu livre pensamento. Todos seriam livres para exercer suas funções objetivando somente o bem comum, e não seu beneficio próprio. Por isso, trabalhadores de todos os países, uni-vos! Assim, a sociedade tornar-se-á ideal para todos os seus membros.

Ensaio Sobre O Manifesto Comunista


Em sua obra, O Manifesto Comunista, Karl Marx e Friedrich Engels tentam entender e confirmar a sociedade capitalista como a sociedade do conflito. Para tanto, eles partem do conflito histórico representado pela luta de classes, mais precisamente a luta entre burguesia e proletariado, a qual se intensificou à medida que o capitalismo se estendia .
            Eles afirmam que tanto o capitalismo quanto a sociedade burguesa aprofundaram a luta de classes, uma vez que a burguesia, surgida como classe revolucionária, fez da sociedade mundial a sua imagem. Tal feito acarretou na intensificação da disparidade já existente entre as classes sociais, assunto este recorrente no conjunto da obra.
            Fazendo uma conexão com o ramo do Direito, a obra apresenta uma crítica à filosofia do próprio Direito, por ser este, na visão dos autores, expressão e instrumento de dominação da classe opressora, pois era moldado segundo os interesses dessa classe. Com esse método de análise, Marx e Engels introduzem a corrente filosófica conhecida por comunismo, corrente até hoje amplamente aceita e estudada, provando assim o impacto de tal feito.

Oi oi oi

Atualmente parece que o que é popular está em alta. Pelo menos têm ganhado mais espaço na mídia e mais aceitação. Não que seja a melhor forma de dar atenção aos problemas que envolvem as camadas mais baixas da sociedade, nem de longe estamos perto de resolvê-los. Mas existe bastante "circo", apesar de nem tanto "pão".

A eterna disputa entre as classes aparenta pender para o lado do povo, apesar de continuar sustentando as diferenças gritantes que mantém a divisão entre ricos e pobres. Permitir que a moda, as músicas e o jeito de falar dos mais humildes ascendam ao cotidiano das classes em geral, os agrada e distrai. Assistir à novela e ouvir "A dança do Kuduro" na abertura parece traduzir bem esta ideia.

É uma estratégia interessante tentar mantê- los conformados com sua posição desvantajosa, enquanto as coisas não mudam. Mas não imagino que esta ilusão seja duradoura o suficiente pra impedir progressos. As greves provam que nem todos estão desacordados perante essa realidade ilusória. E também provam a importância de trabalhos desvalorizados.

Não será possível evitar uma revolta enquanto certos paradigmas permanecerem inalterados. As antíteses sociais sugerem que há algo muito errado acontecendo. Mudar será apenas uma questão de oportunidade.

Duc in altum


Pensar que é possível viver a margem do sistema capitalista nos dias atuais é uma grande utopia fadada há muito ao fracasso. O comunismo não é hoje mais que um sonho, uma bela ideia que dificilmente romperá as estruturas e os paradigmas impostos ao mundo moderno.  Seja por se adaptar melhor à natureza humana ou pelo simples fato de se alastrar durante séculos e impregnar o espírito humano com suas ideias, o fato é que o capitalismo está impregnado em todas as estruturas que fazem o mundo “funcionar”.
De fato, o Manifesto Comunista, principal pilar do comunismo, defende que para o seu sucesso é necessário que haja por um lado um grupo dominante e por outro um dominado para que a insatisfação desse último gere uma luta de classes que convirja em uma nova ordem. Porém o que observamos nos dias atuais é a busca por certa hegemonia, que diferentemente da proposta pelo comunismo, baseia-se na superficialidade, escondendo sutilmente as injustiças que são muito mais profundas.
Desse modo vemos hoje que a população de baixa renda vem superando um estágio de desigualdade nos bens, convertendo-se em consumidora ativa. Contudo, as diferenças culturais, de acesso à educação, saúde, entre outros fazem com que as diferenças permaneçam por gerações. Mas a sensação de satisfação e de possuir um certo acesso ao que as classes mais abastadas possuem fazem com que a antítese não tenha forças para lutar por seus ideias. Ela é de certa forma absorvida pela massa.
O que falta a sociedade, é perceber que as mudanças precisam atingir as essências e as raízes dos problemas  para que haja uma verdadeira mudança na sociedade, respaldada nos valores e direitos de todos os seres humanos a pesar das diferenças que assolam a sociedade. 

Empreendedorismo da Terceira Idade

Os idosos no Brasil


Os idosos são hoje 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento. Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%, em 1991, ele correspondia a 7,3% da população.
O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, devido ao avanço no campo da saúde e à redução da taxa de natalidade. Prova disso é a participação dos idosos com 75 anos ou mais no total da população - em 1991, eles eram 2,4 milhões (1,6%) e, em 2000, 3,6 milhões (2,1%).
A população brasileira vive, hoje, em média, de 68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 90. Estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos no País deva chegar a 30 milhões de pessoas (13% do total), e a esperança de vida, a 70,3 anos.
O quadro é um retrato do que acontece com os países como o Brasil, que está envelhecendo ainda na fase do desenvolvimento. Já os países desenvolvidos tiveram um período maior, cerca de cem anos, para se adaptar. A geriatra Andrea Prates, do Centro Internacional para o Envelhecimento Saudável, prevê que, nas próximas décadas, três quartos da população idosa do mundo esteja nos países em desenvolvimento.
A importância dos idosos para o País não se resume à sua crescente participação no total da população. Boa parte dos idosos hoje são chefes de família e nessas famílias a renda média é superior àquelas chefiadas por adultos não-idosos. Segundo o Censo 2000, 62,4% dos idosos e 37,6% das idosas são chefes de família, somando 8,9 milhões de pessoas. Além disso, 54,5% dos idosos chefes de família vivem com os seus filhos e os sustentam.


        http://www.serasaexperian.com.br/guiaidoso/18.htm (Acessado em 11/08/2012)

              No Manifesto Comunista, Marx e Engels admitem o caráter empreendedor da burguesia, quando enfatizam a ampliação da tutela jurídica á grupos antes segregados, para assim incluí-los no mercado. Meu depoimento é sobre o aumento da população idosa e suas aplicações na economia brasileira.
              No início do século passado, minha bisavó Mia fugiu da Estônia em meio á guerra quando perdeu seus pais. Mesmo com a barreira linguística e sem ter ninguém no Brasil ela conquistou uma vida bem sucedida e acumulou uma quantidade considerável de dinheiro. Mas a idade chegou, os filhos saíram de casa, e a vó Mia ficou viúva e sozinha. Não aceitava bem morar com os netos, mas o fazia sazonalmente - seu gênio forte a fazia voltar pra casa sempre. Mas isso não era mais seguro, e como se recusava a depender da família, mudou-se para uma casa de repouso. A vó Mia tinha 99 anos quando morreu lá, e suas economias não melhoraram a qualidade de vida no final da sua jornada.
              A vó Mia tinha três filhos, entre eles a mãe do meu pai, a Dona Erna. O mesmo aconteceu com ela conforme a idade chegava. A casa ficou muito grande para ficar sozinha, quando, em 2008, mudou-se para um flat de idosos na Avenida Paulista (uma espécie de asilo de luxo). O flat tem médicos, enfermeiros, acompanhantes, nutricionistas, chefes de cozinha, garçons, que asseguram a alimentação correta e sua segurança, apartamentos individuais com adaptações que permitem um socorro rápido em casos de emergência, enfim, condições que não estavam disponíveis na época em que a vó Mia precisava.
              Podemos notar que a sociedade capitalista notou o aumento na expectativa de vida e se adaptou para incluir os idosos no mercado nesse curto espaço de tempo. O número de previdências privadas aumentou, assim como as técnicas de saúde que promovem um atendimento eficaz aos idosos, suplementos alimentares, atividades físicas, alimentação adequadas, enfim, se estruturou um suporte completo que promoveu a qualidade de vida superior de uma parcela da população cada vez mais independente economicamente.


http://www.residencialsantacatarina.com.br/index.html

Pinheirinho, MST e o Manifesto Comunista


Marx e Engels falavam que “a história de todas as sociedades que já existiram é a história de luta de classes”, na qual opressor e oprimido estão em constante disputa e isto resultou ou na transformação revolucionária ou na ruína das classes que disputavam.Um exemplo atual da disputa de classes que se pode dar é a desapropriação do Pinherinho, pois para garantir os direitos de uma elite o governo entrou como uma ação de reintegração de posse e expulsou violentamente a população indefesa daquela região e podemos afirmar que nesse caso houve a ruína de uma das partes envolvidas, afinal perderam suas casas, seus pertences e não tiveram só o dano material.
Os autores explicam que antes haviam gradações de níveis sociais e que hoje a sociedade se divide cada vez mais pelo antagonismo burguesia versus proletariado. Segundo eles a burguesia rompe com os laços hierárquicos,  que relacionavam os homens aos seus “superiores naturais” para deixar apenas o vínculo do interesse pecuniário. Isso explica o comportamento de muitas pessoas que agem as vezes contra aquilo que acreditam em nome do dinheiro, como alguns advogados que defendem causas que não acreditam na inocência do réu, por exemplo.
Outro ponto relevante no Manifesto Comunista é a concepção de que “tudo que é sólido derrete-se no ar”, essa ideia indica que aquilo que parece estar  estável pode mesmo se desestabilizar seja isso material ou não. Ou seja, mesmo uma grande empresa que hoje domina certo setor do mercado pode abrir falência e desaparecer, sua lembrança permanecerá por certo tempo na mente daqueles que perteceram a época de seu auge, mas depois como se derretesse no ar ninguém mais lembrará daquela empresa.
Além disso, há a concepção de que tanto burgueses  quanto proletários defendem a propriedade privada com a mesma convicção mesmo um possuindo muito mais que o outro. É muito comum vermos pessoas de classe média baixa criticando o MST, muitas vezes por causa do que veem na televisão, ao invés de valorizar o trabalho que eles fazem em prol da reforma agrária em nosso país.
Em suma, são várias análises interessantes que Marx e Engels fazem no Manifesto Comunista que para eles visava expor para o mundo inteiro as opiniões e metas do comunismo.