sexta-feira, 1 de junho de 2012

A educação na civilização industrial


Quando a escola pública foi criada, no ápice da Revolução Industrial, ela tinha como objetivo atender às demandas relacionadas às profundas alterações nas relações de produção. Como a força trabalhadora era composta, em sua maioria, por camponeses, tornava-se necessário instrui-los para que dominassem a nova tecnologia. Contudo, a educação dada era de má qualidade: as condições escolares eram precárias, os professores eram mal qualificados e o ensino fornecido não se ocupava em proporcionar a compreensão do mundo em que os indivíduos estavam inseridos. Tinha por função apenas capacitar a população trabalhadora em determinado ofício para atender às demandas do mercado, melhorando a produtividade. A escola era apenas uma ferramenta de controle social, à medida que não desenvolvia o pensamento crítico.
Com relação à educação infantil, a lei de educação foi desenvolvida pelo governo diante de uma grande concentração de mão de obra infantil nas fábricas. Segundo a lei, as crianças teriam de cumprir períodos mínimos de estudo e posteriormente poderiam trabalhar. Aparentemente, seria uma lei de proteção, entretanto, em vez de dificultar o trabalho infantil, ela acabou por legitimá-lo. As crianças passavam um período breve na escola e longo nas fábricas. Pode-se perceber, também, que na Era Industrial a grande preocupação da instituição familiar, ao permitir que seus filhos trabalhassem, era a obtenção de capital para sobreviver. Hoje, no Brasil, tal capital é garantido pelo simples fato da criança frequentar a escola.  Essa medida reduz o número de crianças que realizam a função de um adulto, no entanto não aumenta a qualidade do ensino.
            Comparando a realidade analisada por Marx à atual realidade brasileira percebem-se outras coincidências. Os professores das escolas públicas ainda não possuem uma boa qualificação, os dados que analisam o número de estudantes que completam o ensino médio e são considerados analfabetos funcionais são prova disso. Além disso, é notável que vivemos em uma sociedade onde o conhecimento se tornou o principal fator para se criar valor. Nossas escolas foram estruturadas para produzir mão de obra para o mercado, deixando em segundo plano a importância do papel dos indivíduos para a sociedade.
É necessário se compreender que a escola é um local de redescoberta do ser dentro da sociedade. O jovem deve estudar não apenas visando o sucesso no mercado de trabalho, mas também deveria entender que a educação é a chave para o entendimento do mundo em que ele está inserido.

Grupo 6- Diurno (Gabriela Marcassa, Mariana Borges, Pamela Santos, Gisele Moreira, Maria Luiza, Jessika Perondi)

                No final do século XVIII, o Socialismo surge como uma alternativa ao método até então vigente, no entanto, ainda de forma muito primitiva e inocente. Autores como Saint-simon que exaltava o conflito entre trabalhadores e ociosos ou mesmo Robert Owen com sua teoria de que o trabalho tem um fim coletivo não conseguiam obter uma aplicabilidade para sua teoria. O socialismo primitivo assume, portanto, um aspecto utópico e não prático. Contudo, deve-se lembrar e exaltar a importância desses autores que nas palavras de Engels são “homens iluminados” já que foram eles que romperam com os modelos até então aceitos e aplicados, eles foram os escolhidos pelo acaso para trazer ao mundo bases para teorias mais bem formuladas e aplicáveis.
                Engels enxerga o socialismo como uma ciência e, para tanto, o mesmo deve ser algo real e não mera abstração metafísica. O enfoque deve ser geral e dinâmico, ao contrário do isolamento estático atual, para Engels a transformação é permanente. Tal teoria é por si só conflitante com a apresentada por Hegel, onde o mesmo diz que o real são as projeções de idéias. Para Engels, tais idéias podem levar a conclusões falsas e podem ser danosas.
                Engels parte então para uma analise histórica da humanidade e percebe que desde o Estado primitivo, toda a história é a história da luta de classes, todo conflito é o conflito de classes. As condições inerentes ao capitalismo como a competição brutal, o acumulo de capital e por conseqüência o aumento da miséria gera uma instabilidade social o que propicia um descontentamento com o atual modo de produção e, a partir disso, ele conclui que o Socialismo é algo inevitável.