sábado, 4 de junho de 2011

Família Capitalizada

- A revolução industrial, ao alterar as formas de produção, alterou também, na superestrutura da sociedade, drásticas alterações familiares. A imersão da mulher no mercado de trabalho aumentava a oferta de mão-de-obra, diminuindo consequentemente seu custo, o custo da produção. Em nome da acumulação de capital não demorou para que fossem exploradas também as crianças.

- O modelo familiar baseado na divisão sexual do trabalho, em que o homem trabalha fora e a mulher educa os filhos, foi rapidamente capitalizado, as mulheres passaram a trabalhar nas indústrias, deixando os afazeres domésticos e o cuidado dos filhos pequenos para empregadas. Se por um lado essas alterações contribuiram para a emancipação da mulher, por outro representaram diminuição dos vínculos afetivos no seio familiar e da qualidade da criação das crianças.

- Com mãe, pai e filhos submetidos à longas jornadas de trabalho, a instituição familiar na sociedade industrial vê-se resumida a um teto comum ao fim do dia.




Grupo com tema 3 - comentário complementar:


Bruna Mattos dos Santos,

Bruno Amoratti M. de Mattos,

Caroline Salerno,

Guilherme Moraes,

Luis Guilherme Noronha, e

Mário Jonas da Silva


1 ano Direito Noturno

A influência industrial no seio da família

“A burguesia não pode existir sem revolucionar, constantemente, os instrumentos de produção e, desse modo, as relações de produção e, com elas, todas as relações da sociedade.”

Investigando as conseqüências da mecanização do processo de trabalho sobre a classe trabalhadora, tem-se como contrapartida imediata a apropriação das forças de trabalho complementares ao capital. É o que esclarece Marx na passagem onde ele diz que "esse poderoso meio de substituir trabalho e trabalhadores transformou-se rapidamente num meio de aumentar o número de assalariados, colocando todos os membros da família dos trabalhadores, sem distinção de sexo nem idade, sob o comando imediato do capital". Como resultado desse processo de “proletarização” da família do trabalhador leva-se ao barateamento da mão-de-obra, criando a necessidade de novos agentes para obter a mesma renda familiar. Logo, ao aumentar o campo de exploração de capital, amplia-se, ao mesmo tempo, o grau exploratório do material humano.

Antes, a dialética industrial era composta pelo detentor dos meios de produção e o detentor da força de trabalho. No entanto, com o tempo, o capital passa a incorporar pessoas incapazes e parcialmente incapazes, do ponto de vista jurídico, como forma de expandir seu próprio valor. O trabalhador, que vendia somente a sua força de trabalho, vende também mulher e filhos, fazendo-se uma analogia a anúncios a procura de escravos.

Como conseqüência desses fatos, aliado as péssimas condições e extensivas jornadas de trabalho, há o aumento da mortalidade infantil, causado não só pela menor resistência das crianças, mas também pela falta de assistência e alienação dos pais em relação a seus filhos.

Tal mortalidade decorre principalmente do trabalho realizado pelas mães nas indústrias, resultando em crianças abandonadas e mal cuidadas. “Esse desleixo se revela na alimentação inadequada ou insuficiente e no emprego de narcóticos; alem disso, as mães, desnaturadamente, se tornam estranhas aos próprios filhos e intencionalmente os deixam morrer de fome ou os envenenam.”

Com todo o desenvolvimento da indústria moderna, os pais vêem-se submetidos à ganância do capitalismo, e o Estado é forçado a desenvolver instruções e leis para regular a atividade fabril, na falta do aparelho administrativo e da obrigatoriedade do ensino.

“A burguesia arrancou da família o seu véu sentimental e reduziu a relação familiar a uma mera relação de dinheiro.” Do Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels.


Grupo com tema 3:


Bruna Mattos dos Santos

Bruno Amoratti M. de Mattos

Caroline Salerno

Guilherme Moraes

Luis Guilherme Noronha

Mario Jonas da Silva


1 ano Direito Noturno