Quando Francis Bancon escreveu sobre os de ídolos da mente, certamente não imaginava que os tais bloqueadores da mente humana ganhariam um reforço tão poderoso: a Internet.
Com o advento das redes sociais e aperfeiçoamento dos sistemas de busca, a quantidade de informações disponíveis foi exacerbada. Muitas vezes as informações espalhadas são falsas, ou baseadas no senso comum. Há inclusive os chamados hoax, que são boatos que acabam sendo tomados como verdade pelos receptores, constituindo um exemplo do que Bacon classificaria como "ídolo do foro", que são as falsas noções provenientes da interação entre os seres humanos.
O processo de "cura da mente", como Bacon se refere, pode auxiliar na filtragem dos megabytes de informações aos quais somos expostos todos os dias, nos livrando das inesgotáveis antecipações que são divulgadas através da rede mundial de computadores.
Bacon dizia que "aquele que começa uma investigação repleto de certezas acabará terminando cheio de dúvidas. Mas aquele que começa com dúvidas poderá terminar com algumas certezas". Portanto, muito cuidado com as certezas que o Google traz.
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
terça-feira, 12 de abril de 2011
A Revolução Cartesiana
Interdisciplinar, Descartes foi uma figura importantíssima do Iluminismo. Propôs uma ciência prática, clara e acessível. Queria criar um método universal inspirado em seus conhecimentos matemáticos e na razão.
E assim surgiu o método cartesiano, no qual todo conhecimento não fundamentado era simplesmente excluído, restando apenas a verdade. Ou seja, o ceticismo como método científico. Como forma de facilitar a separação entre verdadeiro e falso, Descartes propôs a decomposição do assunto de interesse em partes isoladas, fragmentadas, para que ao se estudar cada uma delas, se obtenha uma conclusão sobre o todo.
Esse método de investigação é o empregado atualmente nas ciências. Os assuntos são estudados de forma bem específica. O cientista não se debruça sobre questões amplas, pois isso dificultaria a sua análise.
Descartes nasceu sob forte influência da Igreja, num sistema feudal. Sua célebre frase "penso, logo existo" quebrou paradigmas da época e sua obra foi fundamental para o desenvolvimento da matemática e da física, através de cientistas como Isaac Newton, que usaram o método cartesiano em suas experiências.
Descartes nasceu sob forte influência da Igreja, num sistema feudal. Sua célebre frase "penso, logo existo" quebrou paradigmas da época e sua obra foi fundamental para o desenvolvimento da matemática e da física, através de cientistas como Isaac Newton, que usaram o método cartesiano em suas experiências.
E assim surgiu o método cartesiano, no qual todo conhecimento não fundamentado era simplesmente excluído, restando apenas a verdade. Ou seja, o ceticismo como método científico. Como forma de facilitar a separação entre verdadeiro e falso, Descartes propôs a decomposição do assunto de interesse em partes isoladas, fragmentadas, para que ao se estudar cada uma delas, se obtenha uma conclusão sobre o todo.
Esse método de investigação é o empregado atualmente nas ciências. Os assuntos são estudados de forma bem específica. O cientista não se debruça sobre questões amplas, pois isso dificultaria a sua análise.
Descartes nasceu sob forte influência da Igreja, num sistema feudal. Sua célebre frase "penso, logo existo" quebrou paradigmas da época e sua obra foi fundamental para o desenvolvimento da matemática e da física, através de cientistas como Isaac Newton, que usaram o método cartesiano em suas experiências.
Descartes nasceu sob forte influência da Igreja, num sistema feudal. Sua célebre frase "penso, logo existo" quebrou paradigmas da época e sua obra foi fundamental para o desenvolvimento da matemática e da física, através de cientistas como Isaac Newton, que usaram o método cartesiano em suas experiências.
O filme "O Ponto de Mutação" retrata uma espécie de crise de meia idade do americano Jack, que vai até a França para visitar um amigo. Já na França os dois encontram uma ex-física chamada Sonia em Mont Saint Michel, que é uma construção antiga, datada provavelmente da Idade Média.
A partir desse encontro eles passam a fazer indagações e a discutir aspectos da vida e da filosofia, retomando inclusive grandes pensadores como Descartes e Bacon.
Um dos temas abordados pelo filme foi a relação de tempo, dizendo que o tempo na Idade Média era visto como algo sagrado e que se baseava na simples noção de manhã, tarde e noite.
Além disso, outro tema bastante recorrente no filme é a ideia de que "Nenhum santo sustenta-se só", outra passagem do filme que explicita esse pensamento também é: "Ninguém é uma ilha". Esses dois trechos tentam sintetizar que o individualismo não é a melhor forma, a melhor perspectiva de se levar a vida, pois seria comum ao homem o pensamento mais coletivista por causa das suas necessidades básicas de relacionamento e também de aprimoramento do pensamento.
A partir de pensamentos de Descartes os personagens do filme também fizeram algumas reflexões sobre como a natureza funcionaria como um relógio, pois a partir de suas "peças" seria possível analisar e entende-la. E ela, do ponto de vista baconiana, e dito pelo filme, deveria ser usada para a transformação, e essa transformação deveria partir de um pensamento mais ecológico e mais coerente com as limitações do planeta. Para Sonia, uma das personagens, tal prevenção ambiental e a prevençã o entendida de forma generalizada deveria ser encorajada pelo sistema, pelo Estado, mas isso não ocorre porque ambos prefereririam a intervenção.
A partir desse encontro eles passam a fazer indagações e a discutir aspectos da vida e da filosofia, retomando inclusive grandes pensadores como Descartes e Bacon.
Um dos temas abordados pelo filme foi a relação de tempo, dizendo que o tempo na Idade Média era visto como algo sagrado e que se baseava na simples noção de manhã, tarde e noite.
Além disso, outro tema bastante recorrente no filme é a ideia de que "Nenhum santo sustenta-se só", outra passagem do filme que explicita esse pensamento também é: "Ninguém é uma ilha". Esses dois trechos tentam sintetizar que o individualismo não é a melhor forma, a melhor perspectiva de se levar a vida, pois seria comum ao homem o pensamento mais coletivista por causa das suas necessidades básicas de relacionamento e também de aprimoramento do pensamento.
A partir de pensamentos de Descartes os personagens do filme também fizeram algumas reflexões sobre como a natureza funcionaria como um relógio, pois a partir de suas "peças" seria possível analisar e entende-la. E ela, do ponto de vista baconiana, e dito pelo filme, deveria ser usada para a transformação, e essa transformação deveria partir de um pensamento mais ecológico e mais coerente com as limitações do planeta. Para Sonia, uma das personagens, tal prevenção ambiental e a prevençã o entendida de forma generalizada deveria ser encorajada pelo sistema, pelo Estado, mas isso não ocorre porque ambos prefereririam a intervenção.