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domingo, 24 de setembro de 2017

Religião: base de toda uma sociedade?

O pensador, Max Weber, teorizou em sua obra “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” como uma religião pôde resultar efeitos na sociedade capitalista, explicitando o contraste entre o modo de vida imposto pela religião protestante e o imposto pela religião católica, a qual foi predominante em grande parte do hemisfério ocidental até o século XVI.
No Brasil, a religião católica ainda é predominante, abrangendo cerca de 60% da população total e foi a base da construção da sociedade brasileira desde os primórdios da colonização, pois o país colonizador, Portugal, impôs desde o início o modo de vida dessa religião, assim como a catequização dos povos indígenas, pela Companhia de Jesus. Apesar da grande diversidade étnica e religiosa presente no Brasil, a sustentação católica ainda é muito dominante, tanto que religiões de origem africana sofreram certo sincretismo religioso, mixando a religião católica à religião nativa.
O modo de vida do capitalismo imposto pela religião católica é bem antagônico ao do protestantismo, por exemplo, no catolicismo, o trabalho e o acúmulo de bens não são tão exaltados como no protestantismo, tanto que certas formas de acúmulo de capital, como a usura, são considerados “pecados” perante a religião católica, enquanto na protestante são apenas formas de aproximar-se do “paraíso”, devido ao seu trabalho duro para adquirir seus próprios bens. Além disso é possível observar que o cristianismo é bem arraigado na sociedade brasileira até os dias atuais, tanto no modo de vida quanto nas próprias normas regidas pelo país, como por exemplo resquícios do direito canônico na legislação brasileira.
Contudo, as religiões protestantes vêm tomando força no Brasil, nos últimos séculos. Cerca de 20% da população brasileira é aderente ao protestantismo e às suas diversas ramificações. Com isso a visão de parte da sociedade sofre certas alterações, como na grande necessidade do acúmulo de bens, não só para ter uma “boa vida”, mas também para viver no “paraíso” após a sua morte.

Dessa forma, é possível concluir que o Brasil sofre muita influência das religiões em sua estrutura, tanto na sua base (religião católica) quanto nas novas religiões aderentes (protestantismo).

Emily Caroline Costa da Cunha - 1º ano - Direito (diurno)

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