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domingo, 13 de agosto de 2017

Positivismo na educação brasileira

Durante os anos de 1830 a 1842, Auguste Comte ministrou um curso em Paris do qual resultou a obra "Curso de Filosofia Positiva". Nela, resume os preceitos da filosofia positivista, assim como a teoria dos três estados. Sua teoria teve influência fundamental no processo de construção do modelo republicano no Brasil, fazendo com que alguns institutos funcionem até hoje sob tais princípios.  
A doutrina positivista aponta o conhecimento cientifico como o motor para as mudanças sociais, sendo o método cientifico aplicado de maneira empírica e em busca de resultados objetivos. Tal linha de raciocínio foi considerada ideal para a atividade docente no Brasil  no século XIX. Antes disso, ainda predominava em nosso território, mesmo depois das reformas pombalinas, o método de ensino jesuíta, que prezava pela matéria filosófica de Aristóteles e teológica de Tomás de Aquino; modelo este que já demonstrava desgaste e necessidade de substituição, dada sua defasagem em relação aos métodos de ensino na Europa, quando a teoria Positivista popularizou-se no meio acadêmico. 
De imediato, a mudança de método educacional foi vantajosa pelo contato que os alunos passaram a ter com as amplas áreas cientificas, que antes eram restritas pelo modelo dogmático ligado ao Clero. A produção acadêmica brasileira, mesmo que ainda leiga nessa primeira etapa, fez com que novas ideias fossem lançadas para a elite intelectual, fato que culminou, por exemplo, nascensão do ideário republicano. 
Apesar dos ganhos, a aplicação do positivismo no método educacional pode implicar problemas na formação do estudante, tal como pelo pragmatismo empregado, que carece de incentivo para o desenvolvimento do pensamento crítico do estudante, e o foco profissionalizante intrínseco a tal concepção de ensino, que compromete a essência das Academias. 

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