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domingo, 20 de agosto de 2017

ORGANIZAÇÃO E CICLICIDADE
A humanidade nunca se contentou com explicações que tivessem o acaso como resposta: a existência da vida, seu propósito. É quase impossível para o ser humano, individualmente ou coletivamente,  conceber o caos como algo natural
Logo a anomia, embora temida por muitos, não é um fenômeno duradouro. Os dadaístas, mesmo com sua proposta de quebrar a arte, acabaram sendo os responsáveis por um novo estilo artístico, cuja regra era a quebra de padrões pré-estabelecidos; o movimento punk também tinha uma visão parecida, porém relativa a música, e mesmo assim acabou criando um certo código de conduta não verbal no qual seus integrantes usam o mesmo estilo de  roupas, instrumentos musicais, maquiagem, etc. Nesse contexto a anomia não representa uma simples ruptura da ordem mas também o surgimento de uma nova, o princípio de uma revolução.
 Não se trata apenas de organização mas também de ciclicidade. Um sistema, antes de ser reconstruído, precisa ruir. A fratura das normas, além de sintoma, também é um tipo de cura para uma sociedade em colapso (econômico, religioso, de valores, etc.). Assim a fratura da ordem não necessariamente significa algo ruim, visto que pode gerar mudanças tanto boas quanto ruins e que o período de anarquia não será longo, haja vista a preocupação humana com a ordem das coisas.
Portanto percebe-se que a sociedade, sempre em mutação, cria mecanismos capazes de assegurar suas mudanças, garantindo sua evolução e, mesmo que tais  mecanismos gerem desconforto em alguns de seus membros, nem os mais incomodados são capazes de detê-los.  


Aline Ferreira do Carmo        1º ano Direito - Matutino

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