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domingo, 20 de agosto de 2017

Grupos e movimentos coercitivos

Atualmente, vivemos em uma sociedade onde, indubitavelmente, há maior liberdade de expressão, opinião e pensamento. Contudo, é possível observar crescentes coerções a indivíduos que, valendo-se dessa liberdade, expressam opiniões diferentes dos outros. Só um momento: não estou falando de movimentos neonazistas e suas óbvias e justas oposições. É uma realidade muito mais próxima de todos. Em casa, no trabalho ou nas instituições de ensino, sempre haverá grupos que repelem e menosprezam pessoas com diferentes opiniões. Sejam estas visões políticas distintas, ou críticas sociais, os indivíduos portadores delas frequentemente mantém-se em silêncio, com medo da provável rejeição. E os atores dessa rejeição não são fixos. Podem tanto ser uma família conservadora, que reprime o filho com ideais liberais, quanto um grupo de liberais, que ridicularizam um amigo conservador.
Durkheim afirma que grandes movimentos de entusiasmo podem "arrastar" pessoas perfeitamente inofensivas a cometer atos atrozes. A História encontra-se repleta de exemplos para tal acontecimento, sendo o nazismo um clássico exemplo, no qual o espírito corporativo levou um grande número de pessoas a cometer atos repudiáveis. Entretanto, até mesmo nos dias de hoje é possível encontrar movimentos inicialmente pacíficos tomando aspectos violentos. Movimentos como o "Black Lives Matter", nos Estados Unidos, importantes para a sociedade e para a busca de justiça, infelizmente possuem subgrupos internos que, movidos pelo ódio, levam pessoas a até mesmo agredir quem se manifesta contrário às suas ideias e opiniões.
Sendo assim, é sempre necessário possuir a cautela e a sabedoria para entender até quando um movimento, ou até mesmo um grupo, deixa de ser produtivo e passa a plantar a discórdia. É essencial não deturpar as liberdades da sociedade atual e transformá-las em novos meios de coerção e repressão.

Tiago Nery Constantino - 1º ano Direito Matutino

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