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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

A sociedade cria seus próprios antissociais

     Émile Durkheim, sociólogo francês, criou o conceito de consciência coletiva, que seria o conjunto de características e conhecimentos comuns de uma sociedade, que faz com que os indivíduos pensem e ajam de forma semelhante. Para o funcionalista, o indivíduo é influenciado pela sociedade, de forma que não há um limite claro entre a consciência individual e a coletiva.
     Seguindo a teoria de Durkheim, pessoas que desenvolvem patologias sociais são necessariamente influenciadas pelo ambiente ao seu redor. Como exemplo, tem-se a anorexia, que dentre outros fatores é causada pela influência do estereótipo de beleza que está inserido na sociedade.
     Um dos casos mais intrigantes que se tem relatos é o da psicopatia de Elizabeth Thomas. A menina perdeu a mãe muito cedo, com apenas um ano de idade. Assim, ela e seu irmão mais novo ficaram sob guarda de seu pai biológico. Seis meses depois, os médicos identificaram que ela havia sofrido abusos sexuais por parte de seu pai. Então, a menina foi diagnosticada com uma desordem emocional chamada Transtorno de Apego Reativo. A principal característica dessa condição consiste na falta de sociabilidade e de empatia, sendo incapaz de se relacionar com as pessoas ou de sentir afeto. Felizmente, Elizabeth e seu irmão foram adotados por um casal que investiu muito na ressocialização da garota, reintegrando-a socialmente com sucesso.
     A questão se mostra como indiscutível quanto às influências sociais em nossas vidas, no entanto, até que ponto somos livres dessas influências? Qual é o mau que elas podem nos causar? Como identificar um ser humano que possui uma patologia? Como nos proteger diante de uma sociedade tão complexa? Essas e outras perguntas são difíceis de responder, mas de uma coisa eu sei: todos nós possuímos patologias, seja de formas brandas até aquelas devastadoras que ameaçam o convívio social. 

Gabriel Marcolongo Paulino- 1°Ano Direito/Noturno

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