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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O massacre do pinheirinho segundo a filosofia de Hegel e Marx

Em 2012, na cidade de São José dos Campos, aproximadamente 1500 famílias (quase 6000 pessoas) foram despejadas violentamente de suas casas pela Polícia Militar devido à uma decisão judicial de reintegração de posse ao investidor Naji Nahas da empresa Selecta, caso que ficou conhecido como o “massacre do pinheirinho”.
Analisando o caso por uma perspectiva hegeliana, o direito é liberdade, e o que antes era dominado por outro homem, agora é dominado por leis. A lei foi seguida, porém houve um confronto normativo, pois ao mesmo tempo que uma lei defende o direito de moradia dos “sem terra”, há outra lei, de mesma hierarquia, que defende o direito de propriedade da empresa.
Já de acordo com a filosofia de Marx, o Direito é um instrumento burguês de dominação político-social, como forma de garantir seus interesses. Dessa maneira, a decisão foi injusta, pois a região foi ocupada sem causar nenhum dano, mostrando a ineficácia do estado em garantir as necessidades básicas a um indivíduo, como o direito à moradia. O que se pode ver é a famosa “luta de classes”, ainda presente na sociedade, onde a realização prática das normas continua priorizando os interesses capitalistas para a classe dominante. Podemos ver que as relações econômicas determinam as relações políticas e sociais, o Direito é usado como instrumento de realização da liberdade burguesa.

Talita Santos Lira – direito diurno

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