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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A justiça injusta


Grande parte dos juristas buscam mudar o mundo. Qual ferramenta acreditam ser a necessária para alcançar esse objetivo? O Direito. Muitos acreditam que o Direito é o caminho para mudança, o jeito de se fazer justiça. Infelizmente, aqueles que creem nisso, estão errados. O que vemos hoje é uma ciência jurídica pautada no interesse individual de uma elite conservadora. Sejam as leis que asseguram esses direitos, seja quem as interpreta juridicamente. O caso mais absurdo que pudemos perceber nos últimos tempos, foi a “Desocupação” do Pinheirinho em janeiro de 2012. Um processo, teoricamente, legal que teve em sua execução vários mecanismos duvidosos. Uma juíza que teve uma exceção de suspeição apresentada contra si e que continuou o processo de julgamento não pode ter sua decisão considerada. Um processo regrado no direito da propriedade privada acima dos direitos humanos daqueles que moravam no Pinheirinho há anos e que tiveram que ver toda sua história em escombros, soterrada, não pode ser fruto de juristas de tão alto grau. Até que ponto o Direito é efetivamente justo? Até onde o direito à propriedade privada é maior que o direito à vida, à dignidade? Qual a linha tênue entre se fazer cumprir a lei e se fazer cumprir a justiça? Até quando os juristas serão coniventes com esse tipo de atitude? Até quando o mais fraco terá os mesmos “direitos” que o mais forte? O caso Pinheirinho nos revela que isso está longe de ser algo perto de alguma mudança.


Heloísa Guerra Rodrigues da Silva - 1º ano - MATUTINO

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