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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Marx e o materialismo

O filósofo e revolucionário alemão Karl Marx busca, em muitas de suas obras, interpretar o capitalismo na sociedade moderna. Para isso, Marx desenvolveu no Manifesto do Partido Comunista, ao lado de seu companheiro Engels, uma profunda análise sobre o sistema capitalista, utilizando como método científico o materialismo histórico e dialético.
Segundo Marx, a sociedade se estrutura em função de suas condições materiais. Conforme o modo de produção se altera ao longo da história, é possível notar as mudanças que ocorrem nas relações e instituições sociais, no aspecto político e na organização de classes, por exemplo. Assim, Marx revela, no Manifesto, diversas relações de produção e as consequentes lutas de classes que delas resultam, visto que “a história de todas as sociedades [...] tem sido a história da luta de classes” (MARX; ENGELS, 1848), pois sempre há uma classe opressora, detentora dos instrumentos para a realização da atividade produtiva, e uma classe oprimida, alienada a esses meios. Firmado isto, sob o ângulo marxista não se pode desvincular a relação entre indivíduo e sociedade das determinações materiais.
Diferentemente de outros filósofos, como Hegel, Marx apreende a realidade da existência para o pensamento, isto é, para ele o mundo material produz o real. Dessa forma, seu método consiste em descobrir aquilo que é real através das determinações que se fazem de uma maneira de ver o mundo. Para o pensador, portanto, o indivíduo é, além de produto da razão, um produto de seu meio, de sua história e de suas condições sociais.

A análise da sociedade por meio do materialismo nos leva, portanto, a enxergar o momento presente como um reflexo do passado e os fatos e acontecimentos como uma síntese do sistema, considerando, ainda, suas causas históricas através da indução.

 Bianca Carolina Soares de Melo – 1º ano de Direito – Noturno

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