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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Marx: a afirmação da modernidade

Marx traz uma nova visão sobre a sociedade, centrada no mundo concreto, tentando interpretar a sociedade não pela ideia, mas sim pela matéria, pela dinâmica da própria sociedade, e não por fenômenos exteriores a ela. O materialismo dialético faz parte do método marxista de interpretação da realidade, das formas de existência material da sociedade e do homem, utilizando-se da ciência como instrumento.
Os fenômenos materiais possuem um movimento, uma processualidade. O movimento contraditório do real é expresso pela noção da dialética, ou seja, a transformação do ser, da realidade histórica na qual está inserido pode ser entendida a partir desse instrumental, herança da filosofia de Hegel que Marx inverte e acrescenta uma dose de materialismo.
Segundo o movimento dialético existe um processo em que tese (afirmação) e antítese (negação) estão em um embate contraditório. Esses dois movimentos vão se digladiar até que, sob determinadas circunstâncias surge a síntese. Marx enxerga nesse movimento a possibilidade de transformar radicalmente a história
Segundo a filosofia marxista, a matéria é fonte de consciência, é nesse ponto que tange-se a diferença entre a dialética marxista (concreto vivido – concreto pensado) e a hegeliana (concreto pensado – concreto vivido). Apesar disso, a ideia pode reagir à matéria que a determina, ou seja, num determinado momento histórico os indivíduos e classes sociais são orientados por perspectivas ideológicas. Diante desse, o processo de construção da classe social e suas lutas por transformações podem subverter a ordem material que a determina formando, assim, horizontes possíveis de luta.
A noção de totalidade predomina sobre as partes, dentro de um mesmo modo de produção existem forças econômicas, forcas superestruturais que vão determinar os seres. Marx enxerga que há a possibilidade de, dentro de um processo histórico, as classes dominadas negarem aquilo que está posto, determinado, o que o modo de produção reproduz, dando espaço para ocorrer a revolução.

            Marx traz a importância da história para a compreensão da sociedade, sendo sua visão essencialmente histórica. Numa alusão à sociedade capitalista, cita-se a história do “Jardim de Fontenelle”. Sem o conhecimento da história, não é possível que entenda-se como os fatos vivenciados foram construídos. E tendo a noção de que as situações são historicamente construídas, adota-se a perspectiva da transformação.

Letícia Santos 1º ano direito diurno

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