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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

A eterna luta de classes

Karl Marx era considerado um materialista, ou seja, seu pensamento era baseado na realidade prática. Suas ideias se contrastavam com as de Hegel, já que este possuía uma visão idealista do mundo, partindo do principio de que a sociedade obedecer as regras do Estado seria uma coisa natural, inquestionável.
Marx se utiliza da dialética (tese + antítese = síntese) para explicar seu raciocínio, aplicando-a as relações de produção, que seriam as relações entre o proletariado e a burguesia (levando em conta o capitalismo).
O comunismo, para Marx, seria a etapa final dos sistemas econômicos, já que haveria a erradicação das classes sociais, chegando-se então a uma situação de “estabilidade”. Em uma frase muito relevante, Marx traduz tal pensamento: “Os homens contraem relações determinadas, necessárias e independentes de sua vontade, relações de produção que são correlativas a determinado estágio de desenvolvimento de suas forças produtivas”. Portanto, para ele, o que define a situação social do individuo não é a lei, mas sim a esfera econômica.
Marx também faz uma distinção entre Infraestrutura e Superestrutura. Infraestrutura é a base da sociedade, as relações econômicas entre os indivíduos, ou seja, a economia em si. Já a Superestrutura é reflexo da infraestrutura, são todas as demais relações que existem na sociedade (política, direito...). Portanto, com relação a desigualdade, por exemplo, se na infraestrutura, que é a economia, a base da sociedade, ela está presente, em seus reflexos (superestrutura – direito, política...), ela continuará existindo.
Com relação ao conceito de mais-valia, Marx diz que todo aquele que vende sua força de trabalho em troca de um salário para sua sobrevivência (proletário) se encaixa em tal definição, já que o salário nunca vai ser completamente coerente com o trabalho produzido. A mais valia seria a diferença entre o produzido pelo proletariado e o valor de seu salário, sendo que essa diferença vai para o burguês, gerando a dominação do “rico” sobre o “pobre” e consequente alienação do trabalhador.
O processo revolucionário nos ideais de Marx e Engels, precisaria inicialmente de uma conscientização coletiva de tal alienação do proletariado e de sua situação de “explorado”. Defendiam a ideia de que a classe operária deveria se unir e introduzir, com base no uso da força, revolução, uma nova forma de organização: a “Ditadura do Proletariado”, na qual essa classe mais baixa tomaria o poder durante um certo período de tempo, possibilitando futuramente a adoção do socialismo e comunismo.

Helena Lamante Scotton - 1° ano - Diurno

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