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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Ordem e progresso pra quem?

          Quase toda a vida de Auguste Comte transcorreu na cidade de Paris, na primeira metade do século XIX, quando a cidade vivia os reflexos da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. A filosofia comteana foi uma resposta a esses conflitos, numa tentativa de justificar a ordem social vigente, ou seja, a submissão do proletariado.
          Para isso, Comte afirma ser o positivismo uma verdade universal incontestável, sendo ele a mais aprimorada das três fases da construção do conhecimento por ele listadas: teológica, metafísica e positiva.
           Na tentativa de criar uma ciência constante e previsível, Comte, aproximando a sociologia à física, cria os conceitos de estática e dinâmica sociais. A primeira estudaria as condições constantes da sociedade e a segunda, as leis de seu desenvolvimento, sendo a dinâmica subordinada a estática. Esse aspecto da sociologia comteana dá origem ao lema estampado na bandeira do Brasil: ordem e progresso.
          O positivismo no Brasil atinge seu objetivo de manutenção dos “lugares sociais” através, por exemplo, da educação. As vagas limitadas nas universidades e seu processo seletivo injusto garantem à elite a renovação de sua posição na sociedade, restando ao povo de baixa renda o ensino técnico ou a ausência de estudos, para garantir a existência da mão de obra.

Gabriela Fontão de Almeida Prado - 1 ano direito diurno.

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