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domingo, 27 de março de 2016

Ponto de mutação - a expansão de horizontes

O filme Ponto de mutação (baseado no livro de Fritjof Capra, publicado em 1983) tem sua história ambientada em um castelo medieval onde três pessoas, aparentemente muito diferentes entre si (uma cientista, um político e um poeta), passam seu tempo refletindo sobre paradigmas clássicos modernos.
O combate à uma visão cartesiana e cientificista (como a de Descartes e Francis Bacon) do mundo e seus problemas é tema central do longa-metragem; ao decorrer da trama, a discussão sobre uma forma holística (ou sistêmica) de se encarar os fatos é bem trabalhada através de exemplos de problemáticas atuais, como a questão da medicina moderna  em conjunto à ecologia e educação alimentar.
John Donne, citado no filme, em uma das suas meditações disse: " Nenhum homem é uma ilha isolada (...)", ou seja, estamos conectados. Não só a pessoas, mas à sistemas e situações, e é disso que o holismo trata: interdependência entre as coisas. Na resolução de uma problemática, uma visão que abranja não só o objeto do problema, mas também suas conexões, pode trazer resoluções mais práticas e inteligentes do que caso fosse avaliada parcialmente.

O filme sugere a aplicação dessa visão no ambiente político, e em meio a nossa crise política atual, é mais do que necessário para que possamos compreender o porquê da situação e sua possível solução. Não é possível despregar do problema político a parte social, econômica e até mesma histórica, devido às influências que uma possui sobre a outra. Essa interdependência faz com que o problema não esteja só no campo político, sendo assim necessário o trabalho, fiscalização e pesquisa em cima de todas as outras áreas, um trabalho mais denso, porém muito mais satisfatório do que está ocorrendo atualmente.

Ana Carolina Gracio de Oliveira - Direito diurno - 1º ano

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