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segunda-feira, 28 de março de 2016

Fragmentos e Correlações.

O filme “O Ponto de Mutação”, baseado no livro escrito por Fritjot Capra, reflete sobre temáticas diversas e como elas se inter-relacionam e refletem umas a outras com a natureza e sociedade. A película se passa em uma ilha francesa onde três personagens, um político, um poeta e uma física, com mentalidades e valores diferentes, indagam-se sobre questões ecológicas, políticas, tecnológicas e, sobretudo como elas se correlacionam no mundo atual. Contrapõe a todo instante um pensamento baseado em senso comum, fragmentado, cartesiano e utilitário com um pensamento mais reflexivo, que maximiza todas as relações existentes entre os seres vivos, seres humanos e objetos. A física, dona do pensamento multifacetado sobre o mundo, rechaça o pensamento de Descartes e Bacon ao apontar os vícios que a ideia mecânica e individualizada das coisas pode causar, como a super valorização de uma “parte” sobre outra. Sendo assim, é questionado pelo político como o pensamento da cientista seria colocada em prática, tendo em vista as diversas contraposições que poderiam ser apresentadas pela sociedade, e a resposta é: uma mudança de valores e ideologias sociais para que assim possamos resolver os problemas de forma integral e não pontual. Atualmente temos visto a sociedade aplicar o método mecanicista na resolução de questões como a redução da maioridade penal no Brasil, em que certa parcela da sociedade considera benéfica o encarceramento de adolescentes de dezesseis a dezoito anos em prisões comuns. O grande problema desse embate são os malefícios a longo prazo. Como se daria a tutela do Estado sobre a ressocialização dos adolescentes aprisionados? O Estado teria suporte para abrigar os incapazes em suas instituições? Qual seria a forma de reduzir a criminalidade entre os adolescentes? E inúmeras outras indagações. O que fica claro sobre a redução da maioridade penal é a idéia fragmentada: encarcerar para reduzir a criminalidade. Porém, certamente, essa não é a resposta a qual a sociedade se orgulhará em alguns anos.

Ana Laura Joaquim Mendonça - 1° ano Direito - Diurno.

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