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segunda-feira, 28 de março de 2016

Imediatismo frontal

O filme " Ponto de Mutação" aborda a temática filosófica do método cartesiano a partir de um ponto inicial simples: um relógio antigo. Os três personagens principais - o politico, o poeta e a cientista- começam uma discussão abrangente quando se encontram em um castelo medieval na França, e ao se depararem com o relógio, começam a refletir sobre os métodos utilizados por cada um para entender diferentes âmbitos da vida. A cientista, em especial, critica o método cartesiano duramente e o relaciona com a maneira de agir dos políticos. Para ela, analisar de forma independente os problemas globais e descrever a natureza tal qual um relógio com suas peças separadas é maneira ultrapassada e não mais adequada. Segundo a cientista, no filme, é preciso abrir os horizontes para modelos sistêmicos e sair da zona de conforto dos processos, os quais temos controle mas não compreendemos. A natureza, assim como os problemas globais, precisa ser encarada como sistema interligado e dependente entre si. Em analogia ao corpo humano, quando algo não vai bem é preciso olhar todas as partes, analisar as influencias mútuas para otimizar a solução. O politico, ao encarar a crítica, chega a aceitar as ideias apresentadas, no entanto não sabe como concretiza-las.

 A maneira prática para mudar a visão de mundo das pessoas é notar e debater a transversalidade da educação ambiental e a importância de se discutir nas escolas - principal agente formador dos futuros cidadãos-, de maneira interdisciplinar, diferentes assuntos a fim de analisar um fenômeno. Dessa maneira é possível estimular o hábito da critica aprofundada, pois passamos a analisar todos os lados de um mesmo problema. Atualmente podemos transpor a ideia passado pelo filme "Ponto de Mutação" ao debater questões politicas que envolvem paliativos. Essas aparecem como solução imediata  porém ignoram as diversas faces problematicas que motivam uma mesma situação. 

Isabela Rocha, 1º ano de Direito-Noturno.

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