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sexta-feira, 18 de março de 2016

Francis Bacon e a ciência moderna

Francis Bacon, filósofo inglês do século XVI, juntamente a René Descartes foi responsável por estabelecer os preceitos norteadores da ciência moderna. Em sua obra “Novum organum” Bacon determina que a razão, em conjunto com a observação e experiência formam o método científico empírico responsável pela busca e indicação da verdade, sendo esta prática, aplicável diante da realidade e também mutável, mostrando que não há verdade absoluta mas faces decifradas da realidade. O filósofo inglês defende que a ciência deve ser principalmente prática, para que auxilie no desenvolvimento humano, por tanto avanços tecnológicos significariam também avanços ao bem-estar humano, lógica diferente dos filósofos gregos que tinham a filosofia como ciência meramente especulativa, que problematizava a realidade sem, contudo auxilia a chegar em uma forma de melhoramento concreto.
O método empírico deve tentar ser o mais neutro possível tentando se livrar dos ídolos, crenças simplificadas da realidade e não a realidade em si, para que a racionalidade seja imparcial e guiada apenas pela razão. Os ídolos impostos por Bacon se diferenciam em: da tribo, sendo a realidade expressa distorções da própria mente humana devido a paixões e os sentidos; da caverna, interferência da relação estabelecida entre o homem e o mundo que o cerca; do foro, distorção estabelecida diante da relação do individuo com suas associações, sendo que a convivência responsável por criação de convicções; e por último o ídolo do teatro, carga teatral carregada por preceitos místicos como a filosofia grega, alquimia e mesmo astrologia.

Por fim Francis Bacon a partir de seu método cientifico empírico tenta estabelecer a ciência como algo além de prático a vida humana, o mais neutra possível, sem deixar de considerar que como seres integrantes de uma sociedade estamos sujeitos a interferências do senso comum que nos cerca embasados nos ídolos por ele estabelecido. Com a tomada de consciência quanto a existência dessas corrupções da visão humana quanto a realidade, representação real da intenções divinas, se torna possível tentar combate-las para que se atinja a ciência em sua forma precisa.

                                                                                           Júlia Barbosa- 1° ano direito matutino

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