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segunda-feira, 21 de março de 2016

Bacon: conhecer a realidade através da experiência

Em Novum Organum, o filósofo inglês Francis Bacon desenvolve uma concepção de mundo ainda mais radical que a de Descartes. Para ele, é fundamental pensar a essência, o íntimo das coisas e interpretar a natureza valendo-se do método empírico indutivo. Por meio deste, busca-se uma ciência mais lógica, prática e objetiva.
Visando ao cultivo das ciências e à descoberta científica, Bacon apresenta a “Antecipação da Mente” como o conhecimento contemplativo e a “Interpretação da Natureza” como um método sustentado pela experiência, que serviria de escora para o intelecto. Esse esteio é necessário para estabelecer que a razão deve guiar a mente e não permitir que esta seja sua própria guia.
Por outro lado, a mente pode ser limitada por diversas distrações que prejudicam a construção do conhecimento científico, mais conhecidas como ídolos. Dentre os quatro tipos de ídolos definidos por Bacon – ídolos da tribo, da caverna, do foro e do teatro -, atento-me aos ídolos da caverna, “dos homens enquanto indivíduos”, - e cada um “tem uma caverna que intercepta e corrompe a luz da natureza”. Assim, muitos tomam por conhecimento aquilo que imaginam ser real ou aquilo que julgam como certo, pendendo, por vezes, para atitudes de preconceito e intolerância quanto à religião, classe social e cultura, por exemplo.
Portanto, é de grande relevância que o ser humano observe e compreenda a realidade à luz da razão, evitando as amarras do senso comum e empenhando-se na busca por conhecimento para, finalmente, dominar a natureza.

Bianca Carolina Soares de Melo - 1º ano de Direito - Noturno

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