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domingo, 27 de março de 2016

Mutualidade de tudo

"O Ponto de Mutação" filme dirigido por Bernt Capra e baseado no livro do físico teórico e escritor, Frijtof Capra, trata de três diferentes pontos de vista e percepções de mundo. Jack, um político, se preocupa com a melhor forma de governar e agradar a maior parte das pessoas. Sonia, uma cientista, busca uma relação na existência de tudo e uma nova visão de mundo. Thomas, um poeta, procura por uma perspectiva renovada baseada na essência. Nada obstante às suas distintas formas de assimilação, ambos buscam entender a mutualidade de tudo.
O filme questiona como o mundo é visto a partir de uma visão mecanicista, como se o ser humano e o planeta fossem uma máquina. Esta visão é tida a partir de alguns filósofos como Descartes e Bacon que consideravam tudo individualmente. Ainda hoje, no século XXI, o ser humano tem uma interpretação egocêntrica de mundo, impedindo-o de enxergar a corelação entre todos os sistemas vivos, sua essência e sua interdependência.
"Não evoluímos no planeta, evoluímos com o planeta". A grande questão do filme: as diferentes formas de percepção de mundo e como estas se articulam, ainda envolvem e instigam a muitos. Apesar de haver vários modelos de discernimento sobre como cada ser é e se associa, mostra-se necessário compreender que além de sermos indivíduos vivemos interligados por uma rede de relações interdependentes, coexistindo como um todo.
O ser humano busca, na maioria das vezes, explorar e não se preocupar com a possibilidade do esgotamento da natureza e dos recursos, pois o pensamento mecanicista leva a crer que se pode simplesmente intervir caso algo dê errado sendo desnecessário prevenir para que isto não aconteça. Mas torna-se indispensável buscar formas de enxergar que o planeta e os seres vivos não podem ser considerados como máquinas, pois não há como dividir em várias partes o todo que estes são. É substancial prevenir e cuidar desse todo porque, diferente de uma máquina, este não pode ser facilmente consertado, pois tem uma essência e não está meramente programado. “Quando percebermos que nós e o planeta somos, na verdade, um só, uma realidade, uma só consciência, teremos chegado ao ponto de descobrir que nossa transformação não foi apenas uma atitude, mas uma mutação”.

(Isabela Rafael Soares - Direito Noturno - 1 º ano)

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