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segunda-feira, 28 de março de 2016

A Ciência e a Moral

Quando Newton publica a sua maior obra o Principia e o divide em três volumes, sendo estes 1-De motu corporum - Sobre o movimento dos corpos; 2-De motu corporum - Sobre o movimento dos corpos (cont.); 3-De mundi systemate - Sobre o sistema do Mundo. Ele explica os movimentos de todos os corpos conhecidos, prova matematicamente as leis de Kepler (obtidas através do método empírico) e lança as bases do que viria a ser o Cálculo. Este momento é, para muitos, o início da Modernidade Cientifica. Isaac Newton Revolucionou o conhecimento utilizando o método cientifico, lançado 50 anos antes. O racionalismo de Descartes, assim como Kepler utilizou as observações que se tornariam, posteriormente, o método Empírico de Bacon.
Estes Métodos foram propostos por grandes pensadores e consagrados por grandes cientistas e lançaram a base de todo o conhecimento válido dentro da academia. Os saberes gerados pela ciência moderna forjaram inventos dignos de uma ficção cientifica tanto utópica quanto distópica. Por exemplo, a engenharia genética busca a curar de maus como o Alzheimer e Parkinson e serve também para produzir plantas estéreis; o conhecimento sobre a fissão nuclear forneceu uma fonte de energia limpa e perpétua e também a bomba de Hiroshima e Nagasaki; há dezenas de exemplos reais e fictícios, como o caso do Laser desenvolvido pela Física do filme “ponto de mutação”.
Sendo inegável que os métodos racionalista e empírico embasaram estes avanços, resta creditar a estes seus valores, mas, assim como o filme fez, avançar na discussão sobre a ciência. O conhecimento é desenvolvido de maneira facetada e, em partes, o responsável por isso é o próprio método Cartesiano pois ele propõe como segunda etapa de seu método o “de repartir cada uma das dificuldades que eu analisasse em tantas parcelas quantas fossem possíveis e necessárias a fim de melhor solucioná-las”. Ou seja, essa repartição das dificuldades provou-se eficaz para o desenvolver do conhecimento, mas esse recorte afastou o saber do seu contexto no mundo.
Essa repartição da ciência em pequenas partes é visível quando vê-se na academia e na educação a grande repartição do conhecimento entre biológicas, naturais e humanas. E em um segundo momento se divide estas em categorias ainda mais estreitas e assim sucessivamente até o momento em que um físico nuclear, por exemplo, saiba pouco de outras áreas da física e nada de história ou ética. Este cientista irá ser um técnico que possibilita uma nova e mais potente bomba atômica, mas como está alienado da sua aplicação política e social delega esta responsabilidade à políticos que não fazem compreendem o potencial biológico do uso da bomba. Notando o potencial devastador deste conhecimento deve-se buscar uma atualização deste método cientifico tão eficaz e inócuo ao mesmo tempo.
Portanto e a validade do método cientifico vigente é indiscutível, mas a necessidade de um método é tão indiscutível quanto, contudo mais emergencial. No filme supracitado a física Sonia expõe a teoria dos sistemas. Na qual analisa-se o conjunto de interações e, mediante a uma visão prática da ciência, estuda-se a aplicabilidade empírica do conhecimento desenvolvido, não de modo multifacetado, mas aplicado em seu contexto metafisico. Assim o conhecimento possuiria um valor social com a aplicabilidade já discutida enquanto esta é desenvolvida.
Lucas Boscolo 1º Direito noturno 

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