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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Sobre o Manifesto Comunista

Na obra “O Manifesto Comunista”, Karl Marx e Friedrich Engels expõem as principais amarras do sistema burguês ao desenvolvimento do proletariado, a situação de subordinação a qual a classe dominante submete sua atual oposição na luta de classes e prediz uma revolução do proletariado que eliminaria a propriedade privada e consequentemente a exploração econômica, a mais-valia e a desigualdade social.
 Segundo o texto, todas as classes dominantes já existentes na História foram, em algum momento, classes oprimidas, que ganharam poder a partir de uma revolução. Dessa forma, a própria burguesia fora, no momento da Revolução Francesa, revolucionária a ponto de mudar a estrutura econômica e política da época. Entretanto, ao atingir o poder, teria adotado um comportamento semelhante a dos seus antigos opressores e dominado os meios de produção de maneira a tornar impossível o crescimento das classes mais abastadas e levando todos os pequenos produtores à exclusão. Dessa forma, não teria devidamente alterado a estrutura social da época.
Tal exclusão se dá ao transformar o mundo, outrora separado, rapidamente em uma verdadeira aldeia global, unido por trilhos de trens, nações de economias semelhantes e mercados interligados. Além disso, teria o capitalismo provido pela burguesia convertido o mérito pessoal em valor de troca, a exploração dissimulada da igreja e das práticas políticas em uma extorsão deliberada, direta, aberta e legal, por meio do capital.
No entanto, assim como a História para Marx e Engels provava, o capitalismo acaba por originar crises cíclicas e autodestrutivas, que arruinariam o domínio da burguesia, mas ainda mais do proletariado desfavorecido. Essa fatalidade só poderia ser evitada a partir de uma revolução proletária, que desse a esse o domínio político para revolucionar inteiramente o modo de produção. Apesar das medidas a serem adotadas não serem as mesmas em todas as nações, seguem evidentemente a mesma linha: abolição da propriedade privada; abolição da herança; confisco de propriedades; centralização de crédito nas mãos do Estado; responsabilidades iguais para todo o trabalho; educação gratuita para todas as crianças em escola pública, entre outros. Para Marx e Engels, essa seria a única forma de condicionar o desenvolvimento livre e igualitário de todos, finalmente, evitando a manutenção da destrutiva luta de classes.

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