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domingo, 5 de julho de 2015

O senão do socialismo

     Hegel, filósofo idealista alemão, desenvolveu o conceito de motor da história, alimentado pela razão humana. Segundo ele, a história seria construída por meio de uma tese refutada por uma antítese que produziria uma nova tese, este método seria denominado dialética. Karl Marx e Friedrich Engels também acreditavam neste conceito, porém para eles o combustível deste motor é a luta de classes. Para eles, a filosofia deveria ser superada, daí vem a crítica a Hegel, pois este era demasiado idealista e focava apenas na ideia de Estado e não nas relações sociais que o compõem. Engels e Marx dedicaram-se ao desenvolvimento da teoria do socialismo científico, desenvolvida após a observação da classe trabalhadora pós Revolução Industrial.
      Na sociedade capitalista existem basicamente duas classes: a burguesia, que detém a posse dos meios de produção e o proletariado, que por não possuir maquinários ou terras vende sua força de trabalho, normalmente por baixos custos para viver. Esse, apesar de ser o grande produtor da riqueza do sistema capitalista, fica apenas com uma ínfima parte do que produz, agravando ainda mais sua condição de explorado.
      Para estes dois autores, a única maneira de se reverter este quadro de exploração é através da luta do proletariado. O estabelecimento do socialismo real só é possível em uma sociedade que onde o capitalismo já foi superado.

      Por que, então, se o capitalismo é tão nocivo e contraditório em si mesmo, ainda não conseguimos superá-lo? O sistema capitalista está tão enraizado na sociedade e nos indivíduos que a própria classe trabalhadora não se enxerga como explorada, pois sofre manipulação de uma mídia que dirige suas ideias e ambições. Além disso não é interessante aos grandes bancos e proprietários que se instale uma economia planificada. Os detentores do poder econômico possuem também o poder político, nestas condições não é possível instalar-se um regime mais duro sem que tais governantes conduzam a tais mudanças. Sem que está consciência coletiva se instale será muito difícil chegar à sociedade igualitária pensada por Marx e Engels.


Ana Flávia Rocha Ribeiro
1º ano Direito diurno - Aula 7

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