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segunda-feira, 15 de junho de 2015

A parte pelo todo; o todo pela parte

“O todo sem a parte não é todo
A parte sem o todo não é parte
Mas se a parte o faz todo, sendo parte
Não se diga, que é parte, sendo todo”
Com esta estrofe, Gregório de Matos expressou uma ideia confusa e magnífica, cuja essência podemos associar brevemente a uma das teorias defendidas por Émile Durkheim, importante sociólogo francês, considerado por alguns como o pai da sociologia.
Um de seus ideais aponta que a sociedade prevalece sobre o indivíduo e que cada um deles é arrastado pelos demais, de modo que a vida em comum determina a sincronia das ações de todos. Desse modo, o comportamento humano, ainda que expressado individualmente, traduz os hábitos construídos na dimensão do coletivo.
O poema de Matos, analisado juntamente com esta teoria de Durkheim, nos permite refletir sobre a seguinte questão: um único ser, em sua individualidade, faz parte de algo maior que é a sociedade e esta, por conseguinte, se constitui a partir do conjunto desses indivíduos. Além disso, partindo dessa premissa, veremos que a coletividade sem o sujeito deixa de se definir como tal; o sujeito, por sua vez, fora do convívio social, também perde a necessidade de se definir de tal forma.
Após esta análise de Durkheim sob a perspectiva do poema de Gregório, chegaremos à conclusão de que a sociedade – todo – e o indivíduo – parte –, separadamente, ou seja, um sem o outro, perdem a razão de ser.

Gabriela Melo Araujo
1º Ano - Direito Noturno
Introdução à Sociologia

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