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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Superação do Método Cartesiano

O filme Ponto de Mutação, de Bernt Capra, tem como foco o diálogo, que se passa em um castelo medieval na França, entre um político que havia perdido as eleições presidenciais nos Estados Unidos, um poeta vivendo uma crise existencial e uma cientista desapontada com os fins de sua pesquisa para uso militar.
Um dos aspectos mais relevantes do filme é a abordagem do pensamento global em oposição ao pensamento mecanicista e ao racionalismo exagerado sugerido por Francis Bacon e René Descartes.
Bacon defendia a racionalização juntamente com as experiências empíricas do cotidiano para alcançarmos um conhecimento verdadeiro, ao contrário de Descartes, o qual defendia o modelo cartesiano, baseado apenas na razão inata a natureza humana, em que dividimos o todo em partes para que estudando e compreendendo cada uma, possamos entender o todo.
Os políticos, segundo a crítica feita pela cientista do filme, descrevem a natureza assim como Descartes e afirma ser essa ideia antiga e ultrapassada. O mundo deve ser visto como um todo através das relações existentes entre cada objeto que compõem a natureza e que fazemos parte dessas relações. É impossível olhar os problemas globais separadamente, quando estes possuem um contexto econômico, político, ambiental ou social, tentando entendê-los e resolvê-los, mas devemos antes compreender as conexões entre eles para depois solucioná-los. Desse modo, é possível pensar em um mundo com crescimento sustentável e melhores condições de sobrevivência para todos.
Atualmente, os líderes, as pessoas que aceitamos como condutores, pensam somente de uma forma mecanicista, aplicando o modelo cartesiano de Descartes, acarretando em uma supervalorização das ciências, que nem sempre produzem respostas concretas, já que estão em constante evolução graças ao advento do mundo tecnológico, mas, ainda assim, devem possuir limites éticos e não sendo interpretada pelos homens como uma verdade imutável e nem como fonte de "caminho para a felicidade".
Segundo filme, devemos mudar nossa maneira de ver o mundo, deixando o mundo das ciências racionais e exatas um pouco de lado, para melhor entendermos o contexto social-global em que vivemos e, assim, produzirmos um melhor ambiente de sobrevivência para as futuras gerações.

Thais Amaral Fernandes
1 ano Direito Diurno

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