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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Da insignificância humana

Pobre coitado 
cientista isolado.
Tão inocente e
tão respeitado.

Assim raciocina:
"Pensar e existir, sinônimos são.
Sentir por sentir? pagã ocupação."

Por em demasia cismar,
não tarda a tudo ignorar.
Ignora a imprevisibilidade da psique humana e prevê a queda dos líderes e o rumo dos povos.]
Ignora a flutuação econômica e prevê resoluções para o déficit orçamentário do ano que vem.]
Ignora a organicidade de sua existência ao estabelecer especificidades para dominar o que o circunda.]
Ignora suas próprias pretensões, divagações, alucinações, exasperações, irritações, atrações, vocações, inspirações,] limitações, abstrações, afetações, contemplações, consternações, impulsões, sensações e até mesmo suas ereções,]
o que - é claro - não é suficiente para interromper seu tão nobre lavor.]

E, do aconchego do claustro, persiste trabalhando,
enquanto ignora o fato de que a terra é azul 
e não há o que ser feito a respeito disso.

André Rodrigues Pádua
1º ano Direito diurno

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