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domingo, 24 de maio de 2015

Alcançar o Alvo, Depois Descobrir Qual é Ele

  A iniciativa de Auguste Comte de estudar a sociedade como ciência foi uma ideia genial, no entanto deve-se rever aos meios de como estuda-la, pois a imparcialidade, ou o não envolvimento com ela torna-se impossível, de modo que o individuo já nasce inserido em uma sociedade, e a partir deste momento há a formação de uma pessoa. Ao contrário da ciência tal como a química, física e biologia o estudioso apenas desenvolve suas pesquisas e a partir delas executa experiências, que podem ser inúmeras e pode-se admitir falhas sucessivas que se não forem corrigidas não progredirão, o mesmo não acontece com a sociedade, que a partir de uma falha procura de alguma forma evoluir, mas jamais chegará a perfeição e objetividade que Comte defende com muito vigor em sua obra curso de filosofia positiva.
  É importante salientar que o ideal positivista é muito válido, principalmente pelo propósito de ir a investigação do que é real, do certo é do que é útil, nos domínios sociais e políticos, no entanto essas características positivas, desconsidera o que é ha de principal no mundo, que são as pessoas com seus atributos. Para cada lei da ciência se for aplicado os mesmos métodos e procedimentos, teremos resultados iguais e repetitivos, já no mundo das pessoas isso não se aplica da mesma certeza científica, cada pessoa tem seu lado metafísico que carregam consigo e é indissolúvel.
  Como disse Durkheim a sociedade prevalece sobre o individuo, mas ambos jamais serão plenamente previsíveis, de algum modo se chegará ao ponto em que o ser humano descobrirá o que realmente quer, talvez ainda não saiba efetivamente o que de fato almeja, onde chegaremos e por qual razão se quer isso, talvez o mais sábio de se aceitar é que tal objetividade será inalcançável. 


Lemuel Dias
Direito - Noturno - Aula 4

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