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quinta-feira, 7 de maio de 2015

A desconstrução da percepção: mudança e relatividade, do àtomo à política.



Ponto de Mutação, escrito por um físico austríaco e exibido em filme, lançado na decáda de 90 e dirigido por Bernst, apresenta contexto e enredo simples, contrastantes com uma alta complexidade ideológica,  científica e política. O desenvolvimento do drama, acontece a partir do diálogo de três pessoas de diferentes círculos sociais, em que cada uma das pessoas envolvidas tenta mostrar seu ponto de vista e visão de mundo em diversos aspectos. 
Na trajetória dessa conversa  são apresentados pensamentos defendidos por Descartes, Einstein, Newton além, de assuntos da área da ecologia, política, física quântica, poesia, dentre outras.

A essência do filme, está na desconstrução de paradigmas aparentemente sóbrios e coerentes, com uma crítica fundamental ao metódo analítico e fragmentador do estudo da ciência, como o cartesianismo de Descartes. Essa desconstrução causa um choque de realidade no telespectador no sentido de entender e enxergar o mundo de outra forma, mais relativa e menos ingênua. Assim, o filme proprõe questionamentos e antíteses de ações e comportamentos (de indivíduos, instituições e países) em contextos históricos atuais, muitas vezes por meio de metáforas. Esses questionamentos são pautados na cultura individualista e materialista atual e na nossa tecnologia de exploração do meio ambiente, e a mudança proposta deverá, logicamente, refletir-se em atitudes mais orgânicas, inclusivas e fraternas entre os seres humanos e entre estes e a natureza, em todos os quesitos. 

Durante o filme, são demonstradas as infinitas relações entre os seres humanos e entre os mesmos e o ambiente. Essas relações vão das trocas de elétrons entre átomos ao pacto confiança-proteção entre eleito e eleitores, e abrangem relações internacionais, situações sociais, e o interesse de grandes empresas no conhecimento produzido por cientistas.

Em síntese, o filme é uma crítica ao critério descartável atribuído à vida e às pessoas, à falta de subjetividade no conhecimento, a ambição e frieza das relação econômicas e procura encontrar algo novo, rompendo com ideias e senso comum, a fim de quebrar paradigmas para um mundo, uma sociedade e relações mais saudáveis.


Débora Rayane Brandão Filadelfo, 1 ano Direito - Noturno.

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