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sábado, 25 de abril de 2015

Bacon: a experiência, a razão, o intelecto humano e seus ídolos

Em Novo Orgum, Francis Bacon formula toda uma tese sobre como e por que o conhecimento deve ser baseado na experiência, sendo ela a melhor forma de se alcançar a verdade. A partir da premissa de que ''nenhum saber é absolutamente seguro'', o autor desenvolve um novo método para se obter maior grau de certeza. 
Primeiramente, devemos rever nossa postura diante de diversas coisas, como os métodos antigos, a filosofia e a ciência. Para o autor, é necessário ter mais respeitos com os antigos, pois só avançamos graças ao caminho aberto por eles, além de que as coisas novas só são compreendidas por comparação e analogia às antigas. Dessa foma, a glória deles deve permanecer intacta. Sobre a filosofia, é preciso aceitar que ela não é acessível ao homem comum e nem serve ao seu bem-estar, uma vez que não podemos encaixar o mundo em nossas ideias. Já a ciência, a partir de uma concepção burguesa, é um instrumento do homem de transformar e dominar a natureza, sendo um meio essencial para qualquer empreendimento. Mas para isso é fundamental liberta-la da concepção de mero exercício da mente. 
Assim sendo, ele desenvolve dois métodos de alcançar a razão, através da geração e propagação de novas doutrinas, a Antecipação da mente e a Interpretação da natureza. O primeiro consiste no cultivo das ciências , através de um conhecimento contemplativo, umas vez que elas são como retratos de descobertas anteriores. Ele é mais superficial por se basear em eventos familiares, e justamente por isso é mais fácil de entender e aceitar, tornando-se a base do senso comum. Já o segundo método tem como base do conhecimento a exploração e a experimentação das coisas, sendo fundamentado na descoberta cientifica. Este exige que os indivíduos se dediquem em vencer a natureza e realmente encontrar a verdade.
A partir disso, o autor faz uma série de críticas a lógica humana. Para ele, nossos sentidos e intelecto são inferiores à natureza, nossa lógica mais serve para consolidar erros do que para encontrar a verdade, e tantos as noções lógicas quanto as físicas são fantásticas e mal definidas por se basearem na indução da mente e não na experiencia. Isso porque nossa mente é bloqueada por ídolos (falsas percepções do mundo), que nos impedem de alcançar a verdade e instaurar as ciências. Existem 4 tipo de ídolos: os da tribo (distorções da mente), os da caverna (influência do mundo a volta), os do foro/feira (influência das relações comerciais, pessoais e sociais) e os do teatro (baseados em equívocos e superstições). Nosso intelecto possui a tendência de encontrar mais ordem e regularidade nas coisas do que realmente elas tem, aceitar mais facilmente eventos afirmativos, receber influência da vontade e do afeto, e ainda, apegar-se à ciência por ser seu criador ou associa-la a suas fantasias. Por tudo isso ele afirma que para encontrarmos a verdade é fundamental se basear na experiencia, que consiste naquilo que realmente acontece, e não apenas no que nossa mente nos sugere.
Isabela- 1o semestre- Diurno.

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